Bolsonaro não indicou representante em Fórum de Afrodescendentes da ONU

O Fórum Permanente de Afrodescendentes da ONU, criado com o intuito de melhorar a vida da população negra, não tem nenhum representante do Brasil. Isso porque, até hoje, o Governo Federal não enviou ninguém para o fórum – que foi criado em 2021 após uma deliberação da Assembleia Geral.

Segundo a coluna do Guilherme Amado, do Metrópoles, o grupo tem dez integrantes, dois por continente, sendo o Brasil, que é, segundo o IBGE, o segundo maior em população afrodescendente, que não apresentou um candidato para o fórum até hoje. A indicação deveria ter sido feita pelo governo Bolsonaro desde o ano passado.

De acordo com a coluna, no último mês, a deputada estadual Renata Souza (PSol-RJ) levou uma série de questões enfrentadas pela população negra do Brasil para um dos integrantes do fórum, o advogado americano Justin Hansford. Howard, que é professor de direito na Universidade Howard, a primeira faculdade para negros dos Estados Unidos, lamentou, segundo a deputada, a ausência do Brasil no fórum. Contudo, prometeu a Souza relatar as questões apresentadas por ela.

Conforme Amado, os membros atuam junto com o Conselho de Direitos Humanos da ONU e tem, dentre suas funções, promover a total inclusão política, econômica e social dos afrodescendentes nas sociedades em que vivem e contribuir para a elaboração de uma declaração da ONU sobre os direitos dos afrodescendentes.