Bolsonaro diz que governo marcará reunião com representante do WhatsApp
“Se ele [WhatsApp] pode fazer um acordo com o TSE, pode fazer comigo também, por que não?”, afirmou o presidente
O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse neste sábado (16) que o governo deve marcar uma reunião com o WhatsApp para discutir o acordo do aplicativo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
“Já conversei com o Fábio Faria [ministro das Comunicações], que vai conversar com representante do WhatsApp aqui no Brasil para explicar” o acordo. “Se ele [WhatsApp] pode fazer um acordo com o TSE, pode fazer comigo também, por que não?”, afirmou o presidente, que está passando o feriado de Páscoa no Guarujá, litoral de São Paulo.
O acordo entre a empresa de aplicativo e o TSE visa só a permissão de novas funcionalidades, como as comunidades que possibilitarão grupos de milhares de pessoas. Essas comunidades permitirão grupos de milhares de pessoas, mas só devem chegar ao país após as eleições em outubro devido ao acordo firmado anteriormente com o tribunal.
Nesta terça-feira (15), Bolsonaro já havia criticado o acordo do WhatsApp com o TSE, após uma motociata com apoiadores. Neste sábado, o presidente voltou a dizer que o acordo é “inaceitável” e “inadmissível”.
“Essa última informação agora que o WhatsApp pode ter uma política mundial, ninguém vai reclamar. Agora, [por que] apenas para o Brasil o disparo em grupo poderá ser realizado depois das eleições? ‘Ah, depois das eleições não vai ter mais fake news?'”, disse Bolsonaro.
Indignado com o acordo, o mandatário exclamou que a ação fere a liberdade de expressão. “Não vai ser um acordo com o TSE que o WhatsApp vai fazer e vai impor a toda a população brasileira. Para Bolsonaro, “no Brasil, ou o produto está aberto para todo mundo ou tem restrição para todo mundo”, referindo-se ao WhatsApp.
Em janeiro deste ano, o então presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, reuniu-se com o chefe do WhatsApp, Will Cathcart, para debater as ações que serão implementadas pelo aplicativo de mensagens para combater fake news.
Na conversa, o WhatsApp se comprometeu a não implementar novas funcionalidades no Brasil que possam impactar de forma significativa o uso da plataforma até o fim das eleições.
*Com informações da CNN Brasil
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