Bolsonaro critica passaporte de vacinação e imunização infantil em último discurso do ano
“Defendemos que as vacinas para as crianças entre cinco e 11 anos seja aplicada somente com o consentimento dos pais e prescrição médica”, disse o presidente
O último pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2021, realizado na noite desta sexta-feira (31), teve críticas ao passaporte de vacinação e falas contrárias à imunização de crianças de 5 a 11 anos contra o novo coronavírus, além de acusações a governadores e prefeitos por terem determinado restrições por causa da pandemia.
“Nessa batalha, o governo federal dispensou recursos bilionários para que estados e municípios se preparassem para enfrentar a pandemia. Com a política de muitos governadores e prefeitos de fechar comércios, decretar lockdown e toques de recolher, a quebradeira econômica só não se tornou uma realidade porque nós criamos o Pronampe e o BEm, programas para socorrer as pequenas e médias empresas, bem como fomentar acordos entre empregadores e trabalhadores para se evitar demissões”, disse.
Em relação ao comprovante de vacinação contra a Covid-19, que garante que apenas pessoas imunizadas entrem em algum ambiente, seja público ou privado, Bolsonaro foi claro: “Não apoiamos o passaporte vacinal nem qualquer restrição àqueles que não desejam se vacinar”, pontuou.
O mesmo para a possibilidade de vacinação infantil. “Também, como anunciado pelo Ministro da Saúde, defendemos que as vacinas para as crianças entre cinco e 11 anos seja aplicada somente com o consentimento dos pais e prescrição médica. A liberdade tem que ser respeitada”, disse.
“Encerramos o ano de 2021 com 380 milhões de doses de vacinas distribuídas à população. Todas adquiridas pelo nosso governo. Lembro que em 2020 não existia vacina disponível no mercado e a primeira pessoa vacinada foi no Reino Unido, em dezembro. Todos os adultos que assim desejaram foram vacinados no Brasil”, falou Bolsonaro. Antes, porém, o presidente chegou a dizer que não compraria vacinas e defendia o tratamento com medicamentos ineficazes contra a Covid-19.
O chefe do Palácio do Planalto, criticado por curtir férias em Santa Catarina enquanto a chuva causa estragos na Bahia e em Minas Gerais, lamentou: “Lembro agora dos nossos irmãos da Bahia e do norte de Minas Gerais, que nesse momento estão sofrendo os efeitos de fortes chuvas na região. Desde o primeiro momento, determinei que os ministros João Roma e Rogério Marinho prestassem total apoio aos moradores desses mais de 70 municípios atingidos”, disse ele, já no fim de seu pronunciamento.
Confira o pronunciamento:
Boa noite. Hoje nos preparamos para o início de um novo ano. O bicentenário de nossa independência. Quis Deus que eu ocupasse a presidência em 2019 e assumi um Brasil com sérios problemas morais, éticos e econômicos.
Formamos um ministério com pessoas capazes para enfrentar todos os desafios. Ao longo do tempo, alguns nos deixaram por livre e espontânea vontade. Outros foram substituídos por não se adequarem aos propósitos da maioria que me elegeu.
Em 2019 aprovamos a lei da liberdade econômica, simplificamos as normas regulamentadoras, começamos novas obras e concluímos muitas outras inacabadas. Fizemos ressurgir o modal ferroviário, levamos tranquilidade ao campo, flexibilizamos a posse e o porte de arma de fogo para o cidadão e passamos a investir no Brasil, e não mais no exterior com obras bilionárias financiadas pelo BNDES.
Completamos três anos de governo sem corrupção. Já concluímos, com menor custo, centenas de obras paradas há vários anos. A transposição do Rio São Francisco, finalmente, já é uma realidade. E estamos levando mais água para o Nordeste.
Somente nos estados de Pernambuco, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte foram beneficiados 12 milhões de brasileiros em 390 municípios. Já entregamos mais de 1,2 milhão de moradias do programa Casa Verde e Amarela nas três faixas.
Em 2020, lamentavelmente, surgiu a pandemia, onde mortes se fizeram presentes no mundo todo. Nessa batalha, o governo federal dispensou recursos bilionários para que estados e municípios se preparassem para enfrentar a pandemia.
Com a política de muitos governadores e prefeitos de fechar comércios, decretar lockdown e toques de recolher, a quebradeira econômica só não se tornou uma realidade porque nós criamos o Pronampe e o BEm, programas para socorrer as pequenas e médias empresas, bem como fomentar acordos entre empregadores e trabalhadores para se evitar demissões. Com isso, mais de 11 milhões de empregos foram preservados.
Para aqueles que perderam sua renda, criamos o Auxílio Emergencial, onde 68 milhões de pessoas se beneficiaram. O total pago em 2020 equivale a mais de 13 anos de gastos com o antigo Bolsa Família. Mostramos nossa identidade ao socorrer os mais humildes, que tinham sido abandonados pelos que mandavam fechar tudo.
Encerramos o ano de 2021 com 380 milhões de doses de vacinas distribuídas à população. Todas adquiridas pelo nosso governo. Lembro que em 2020 não existia vacina disponível no mercado e a primeira pessoa vacinada foi no Reino Unido, em dezembro. Todos os adultos que assim desejaram foram vacinados no Brasil. Fomos um exemplo para o mundo.
Não apoiamos o passaporte vacinal nem qualquer restrição àqueles que não desejam se vacinar. Também, como anunciado pelo Ministro da Saúde, defendemos que as vacinas para as crianças entre cinco e 11 anos seja aplicada somente com o consentimento dos pais e prescrição médica. A liberdade tem que ser respeitada.
Desde o início da pandemia, falei que deveríamos combater o vírus, cuidar dos idosos e dos com comorbidades e preservar a renda e o emprego dos trabalhadores. Estamos concluindo 2021 com um saldo de 3 milhões de novos empregos e saldo também positivo de 5 milhões de empresas abertas, interrompendo uma série de meia década com saldos negativos.
Adentraremos 2022 com a esperança de que tudo volte à normalidade. Já são mais de R$ 800 bilhões contratados pela iniciativa privada, que vão gerar milhões de novos postos de trabalho somente nas áreas de infraestrutura. Isso é uma prova de que reconquistamos a confiança dos investidores, brasileiros e estrangeiros, o que possibilitará, também, a redução da inflação, consequência da equivocada política do ‘fique em casa, a economia a gente vê depois’.
Já começamos a pagar o Auxílio Brasil com valor mínimo de R$ 400,00. Programa melhor e mais abrangente que o antigo Bolsa Família, onde a média era de apenas R$ 190. O Auxílio Brasil vai ajudar 17 milhões de famílias mais necessitadas a superar suas dificuldades econômicas e sociais agravadas pela pandemia.
Lembro agora dos nossos irmãos da Bahia e do norte de Minas Gerais, que nesse momento estão sofrendo os efeitos de fortes chuvas na região. Desde o primeiro momento, determinei que os ministros João Roma e Rogério Marinho prestassem total apoio aos moradores desses mais de 70 municípios atingidos. Hoje temos um governo que acredita em Deus, respeita seus militares, defende a família e deve lealdade ao seu povo.
Um excelente 2022 a todos. Que Deus nos abençoe.
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