Bolsonaristas se dividem entre anúncios de cancelamento e confirmação de manifestação

‘Não sei se vou ou se fico’ é a dúvida dos bolsonaristas de Salvador em relação às manifestações pró-governistas no Farol da Barra, na manhã deste domingo (15). Tudo isso porque o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pediu que as pessoas evitassem aglomerações como forma de combate à disseminação do Coronavírus. Determinação prontamente acatada pelo Movimento Nas Ruas em âmbito nacional, que chegou até a sugerir que a manifestação se limitasse ao ambiente virtual.

Essa consonância reverberou na Terra do Dendê a ponto de um dos organizadores do ato, o presidente do Instituto Antônio Lacerda, Rafael Ribeiro, se pronunciar publicamente para informar a suspensão do ato. Por sua vez, outro integrante da organização, o vereador Cezar Leite (PSDB), integrante do Movimento Médicos pelo Brasil, informou que não irá mais divulgar o evento ou convocar a população para participar por meio de um comunicado.

Já o presidente do Movimento dos Advogados do Brasil, Henrique Quintanilha, garante que o ato irá acontecer mesmo contra a prerrogativa do presidente. “Mantém-se a manifestação concentrada na Barra, mesmo com o pedido do presidente no sentido contrário. Os bolsonaristas têm sido firmes em todas nas redes sociais e WhatsApp em afirmar que vão para as ruas mesmo assim e foi levantada a hastag #DesculpeJairMasEuVou”, afirma o advogado.

A mesma linha ideológica é seguida por Igor Cirne, um dos organizadores de uma manifestação na Praça Ana Lúcia Magalhães, na Pituba. “A manifestação está mantida. Não vamos recuar, apesar da recomendação do presidente. Não temos como postergar isso. Assim como a nossa, outras manifestações estão mantidas no Brasil”, garante.