Áudio do ministro Tarcísio inflama grupo de caminhoneiros na véspera da greve

O movimento dos caminhoneiros do Brasil foi inflamado recentemente, após um áudio do do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas circular pelos grupos de WhatsApp dos profissionais. No material, o político diz que não vai atender a nenhum item da pauta dos motoristas que anunciaram greve para esta segunda-feira (1º). A fala do representante do governo está sendo muito criticada.

A conversa teria ocorrido no sábado (31). Um representante da categoria, que se identifica como vice-presidente da associação de caminhoneiros da cidade gaúcha de Capão da Canoa, Freitas diz ser impossível não atender apenas como atuais, como também fiscalizar o cumprimento dos benefícios conquistados pelos caminhoneiros no greve de 2018.

Naquela ocasião, a paralisação foi apoiada pelo então candidato a presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido). Depois do movimento, a maior parte da categoria anunciou que votaria nele.

Entre outras coisas, o ministro diz ao interlocutor que os caminhoneiros precisam “desmamar” do governo, afirma que os integrantes da categoria devem pensar como empresários, cita entre os beneficiados prefeitos e governadores que “fecharam tudo” (referência a localidades que tiveram lockdown para conter a pandemia) e levanta a suspeita de paralisação da política, por estar marcada para o mesmo dia da votação da presidência da Câmara dos Deputados.

“Achar que tem que fazer paralisação para conversar … esquece. Na verdade, a paralisação fecha portas”, diz Freitas. “Enquanto tiver uma paralisação eu não converso com ninguém”, diz o ministro após lembrar ao interlocutor que sempre nomear os representantes da categoria para ouvi-los. 

Muitos participantes dos grupos de caminhoneiros, porém, comentam que desde o início do governo fazem encontros que não resultam em medidas concretas.

Os motoristas pedem isenção de impostos nos derivados de petróleo, para derrubar como despesas com combustível, pneus e itens de manutenção; fiscalização nas estradas que garanta o cumprimento da lei que nível mínimo do frete; gratuidade nos pedágios e outros itens.

*Com informações da Uol Notícias