Atos em defesa da democracia e do sistema eleitoral marcam esta quinta-feira no Brasil

Esta quinta-feira (11) foi marcada por manifestações realizadas em 23 capitais brasileiras, com a  leitura de cartas em defesa do Estado Democrático de Direito e do sistema eleitoral brasileiro. Os atos ocorreram porque hoje são completados 45 anos da leitura do manifesto de 1977, que denunciou a ditadura militar e o cerceamento de direitos no regime autoritário. 

Em Salvador, um grupo de manifestantes faz um ato em defesa da democracia no Campo Grande, no Centro da cidade. A passeata começou por volta das 9h e foi encerrada ao meio-dia, na Praça Castro Alves.

Na capital baiana, a carta foi lida na Praça da Piedade pela ativista Diva Santana, que faz parte do grupo Tortura Nunca Mais e da extinta Comissão de Mortos e Desaparecidos Políticos, pela ditadura militar.

Na ocasião, os manifestantes eram, principalmente, estudantes e trabalhadores, que seguiram até a Praça Castro Alves, onde o protesto foi encerrado. Durante todo o trajeto, houve manifestações contra o presidente Jair Bolsonaro (PL).

Os atos ocorreram depois de seguidos ataques do presidente às urnas eletrônicas e ao sistema eleitoral. Sem nunca ter apresentado provas, Bolsonaro insiste há meses na teoria de que há risco de fraude na votação.

Origem em São Paulo

Na capital paulista, a  “Carta às Brasileiras e aos Brasileiros em Defesa do Estado Democrático de Direito”, elaborada pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), foi lida no Pátio das Arcadas, no Largo São Francisco. Ao final da leitura, houve manifestações do público contra o presidente.

O local, sede da faculdade, abrigou o ato “Manifestação em Defesa da Democracia e do Estado Democrático de Direito Sempre”, com participação de juristas, políticos, movimentos sociais, entidades e representantes da sociedade civil.

Além da carta da USP, o manifesto “Em Defesa da Democracia e da Justiça”, organizado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e que teve adesão de 107 entidades, também foi lido no evento.

Com mais de 900 mil assinaturas, o documento elaborado pela Faculdade de Direito da USP teve a adesão de professores, alunos, ex-ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), banqueiros, candidatos à Presidência e membros da sociedade civil. 

Em São Paulo, quatro representantes foram escolhidos para ler a carta: Eunice de Jesus Prudente, professora da Faculdade de Direito da USP; Maria Paula Dallari, professora da Faculdade de Direito da USP; Flavio Bierrenbach, ex-ministro do Superior Tribunal Militar (STM); e Ana Elisa Bechara, vice-diretora da Faculdade de Direito da USP.

Manifestações no Brasil

As manifestações se estenderam por todo o país, com diversos atos em capitais e cidades, que também leram a “Carta às Brasileiras e aos Brasileiros em defesa do Estado democrático de Direito”. Veja alguns deles:

Brasília – Em ato na Universidade de Brasília (UnB) com juristas, estudantes e professores da instituição, além de representantes de entidades sindicais, foram lidas outras três cartas, além do documento da USP: uma escrita por estudantes de direito da UnB, uma da Faculdade de Direito da universidade e outra da Coalizão em Defesa do Sistema Eleitoral.

Rio de Janeiro – A carta foi lida em atos na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj).

Florianópolis e Chapecó – Em Santa Catarina, atos na reitoria da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em Florianópolis, e na Universidade Federal Fronteira Sul (UFFS), em Chapecó, também fizeram a leitura da carta.

Recife – Em Pernambuco, a carta foi lida na Faculdade de Direito da Universidade Federal de Pernambuco, no Centro da capital.

Porto Alegre – Na capital gaúcha, estudantes, juristas e lideranças sindicais se concentraram no Colégio Estadual Júlio de Castilhos e depois foram até a faculdade de direito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), onde foi lida a carta.

Fortaleza – Na capital cearense, o ato aconteceu na Praça da Bandeira, em frente à Faculdade de Direito da Universidade Federal do Ceará (UFC), no Centro, e foi liderado pela Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD).

Teresina – Em Teresina, no Piauí, participantes do ato em apoio à carta da USP fizeram um percurso pelas ruas do Centro, da praça Rio Branco até a praça da Liberdade.

Natal – Estudantes e professores universitários, movimentos sociais, sindicatos e membros de partidos de esquerda se reuniram para o ato na avenida Salgado Filho, no bairro Tirol, Zona Leste de Natal.

Manaus – Professores e alunos da Universidade Federal do Amazonas leram em conjunto a “Carta às Brasileiras e aos Brasileiros em Defesa do Estado democrático de Direito”.

Rio Branco – O ato ocorreu no Restaurante Universitário da Universidade Fedeal do Acre (Ufac) com os participantes levantando cartazes e faixas em defesa à democracia.

Vitória – O ato teve a leitura da carta na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).

João Pessoa – A manifestação se concentrou no Lyceu Paraibano, na capital. De lá, o grupo saiu em caminhada pelas ruas do Centro, com destino ao Ponto de Cem Réis.

Maceió – A concentração do ato foi na Praça do Centenário, no Farol, de onde o grupo saiu em caminhada pelas ruas do centro da cidade.

Belo Horizonte – Na Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), professores e alunos participaram do encontro, onde foi lida uma declaração assinada pela instituição em apoio ao sistema eleitoral brasileiro.

Campo Grande – Representantes da entidade civil organizada de Mato Grosso do Sul fizeram durante a manhã desta quinta-feira a leitura da “Carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado democrático de Direito”.

Porto Alegre – Estudantes, juristas e lideranças sindicais foram às ruas em ato em defesa da democracia e do sistema eleitoral brasileiro. Após concentração em frente ao Colégio Estadual Júlio de Castilhos, grupos se reuniram na faculdade de direito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

São Luís – A manifestação em defesa da educação, da democracia e do sistema eleitoral começou por volta das 16h, na Praça Deodoro, no Centro de São Luís, com grupos de estudantes, professores, entidades sindicais e alguns integrantes de partidos políticos.

Macapá – A manifestação aconteceu na Universidade Federal do Amapá (Unifap). O grupo carregava faixas e cartazes que pediam “respeito ao voto”

Goiânia – O ato na Praça Universitária marcou o movimento em Defesa da Democracia.

Macapá – A leitura da carta foi na Universidade Federal do Amapá (Unifap), na Zona Sul da capital. O grupo carregava faixas e cartazes que pediam “respeito ao voto”.

Aracaju – A leitura da carta ocorreu na Praça da Democracia, no Campus da UFS em São Cristóvão, na Grande Aracaju, com a presença de estudantes, professores e servidores.

* Com informações da CNN Brasil e Portal G1