Assessores da Câmara criam grupo “Transvacinados”

Na Câmara dos Deputados, um grupo de funcionários antivacina se uniu na tentativa de conseguir trabalhar presencialmente, mesmo com a portaria que exige comprovante de vacinação para entrada no local.

A própria portaria determina que servidores não vacinados devem apresentar teste RT-PCR ou de antígeno com resultado negativo para Covid-19 realizado nas últimas 72h.

Segundo o Metrópoles, o grupo teria sido criado pelo assessor da deputada Bia Kicis (PSL) e contaria com 45 participantes.

Denominados transvacinados, termo criado por apoiadores do ex-presidente Donald Trump que viralizou no Brasil após uma apoiadora de Bolsonaro afirmar que “se sente imunizada, mesmo sem tomar a vacina”, eles tem ainda um grupo no whatsapp onde compartilham conteúdo negacionista.

Na descrição do grupo batizado de ‘Não vacinados – CD’ há a informação que não se trata de um grupo contrário à vacinação. “Esse não é um grupo antivacina. Estamos unindo os ‘não vacinados’ da Câmara para agir em grupo na defesa da nossa liberdade”.

A foto do grupo mostra uma camisa que ironiza pessoas trans e a própria vacinação. “Trasvacinados (latim transvacinadus); [s.m] Pessoa que se sente vacinada em um corpo não vacinado”. 

Segundo o Metrópoles, em um dos vídeos divulgados, uma mulher reclama de uma escola pública que exigiu a vacinação contra a Covid-19.

A mulher, mãe de uma criança matriculada na escola, afirma que formalizou denúncia no canal Disque 100, do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, e que foi acolhida.

“Está funcionando muito bem, o atendimento é super-rápido, não tem espera, não tem demora. Fiz a denúncia, já puxaram tudo no sistema: o nome da escola, do diretor, da vice-diretora”, diz a mulher.

“Minha filha não vai tomar a vacina. Está no meu direito e está no direito dela. E ela vai continuar estudando onde ela quiser e entrar em qualquer lugar que ela quiser, sem ser obrigatório o esquema vacinal”, continua.

Em outro vídeo, uma suposta profissional da saúde afirma que as vacinas aplicadas não tiveram os estudos concluídos. “Como é que eu vou tomar um negócio que eu não sei o que vai acontecer dentro de mim?”.