Aprovação das coligações na PEC da Reforma Eleitoral deixariam eleições mais justas, defende Orlando Palhinha

O vereador Orlando Palhinha (DEM) defendeu, durante discurso na tribuna da Câmara Municipal de Salvador, nesta segunda-feira (23), a aprovação no Senado do sistema de coligações. A mudança no modelo eleitoral foi endossada pela Câmara Federal no último dia 17 e, agora, segue para votação no Senado.

“Aposto que nossos senadores votarão a favor do projeto. Acredito que este modelo é uma forma de fazer justiça. O sistema atual é perverso e não é justo com quem recebe mais votos”, protestou o vereador.  
 
Como argumento, Palhinha cita o próprio exemplo. Mesmo com quase sete mil votos nas eleições municipais do ano passado, o vereador só ocupa o cargo porque foi eleito como suplente do atual secretário Municipal de Combate à Pobreza, Kiki Bispo (DEM).

“A volta das coligações é o mais indicado. Se fossemos um modelo com coligações, eu teria assumido na Câmara pelo resultado das eleições de 2020, sendo o 23º mais votado”, completou Palhinha.

Reforma Eleitoral

A sugestão do sistema de coligações para vigorar no pleito aos cargos de legislativo no país é prevista pela PEC da Reforma Eleitoral. O texto também determina que os votos de candidatas femininas e negros sejam computados em dobro para fins de cálculo da distribuição do Fundo Partidário e do Fundo Eleitoral que ocorrerem entre 2022 e 2030. 

A medida fixa ainda em 100 mil o número de assinaturas para a apresentação de projetos de lei de origem popular.

A PEC também altera a data de posse do presidente da República que, a partir de 2027, passaria a ser realizada em 5 de janeiro, e dos governadores e prefeitos, que seriam empossados em 6 de janeiro.