Angelo Coronel diz que “guerrilha” da pré-campanha pode deixar o eleitor temeroso nas celebrações do Dois de Julho   

Para o senador Angelo Coronel (PSD), a força da disputa nacional influencia nas eleições locais e, por conta disso, o tensionamento da política promete ter contornos imprevisíveis que poderão ser demonstrados nas celebrações do Dois de Julho, data em que se comemora a independência do Estado e ocasião em que os pré-candidatos estarão presentes com a militância.  

“Acredito que essa guerrilha pré-campanha deixa o eleitor temeroso e preocupado. Espero que os líderes das campanhas que estarão presentes no Dois de Julho, façam um acordo e realizem uma passeata dentro da paz e ordem”, afirma o senador em entrevista para o programa Nova Manhã , da rádio Nova Brasil FM (104,7 FM), comandado por o editor-chefe do Portal M!, Osvaldo Lyra. 

Segundo turno 

O político fez uma análise do cenário eleitoral da Bahia. De acordo com ele, a presença do candidato de Jair Bolsonaro (PL) e ex-ministro da Cidadania, João Roma (PL) no tabuleiro pode levar a disputa para o segundo turno. 

“Roma é uma pessoa que já está bem avaliada. Será uma disputa bem acirrada que pode levar as eleições para o segundo turno, porque Bolsonaro tem o percentual de votos na Bahia, como Neto tem o dele e Jerônimo [Rodrigues] também. Então possa ser que depois de 16 anos as eleições venha se definir no segundo turno”, opina. 

Apesar de destacar que as pesquisas eleitorais têm apresentado erros nas disputas passadas, Ângelo Coronel reconhece que os dados apontam números favoráveis para o ex-prefeito de Salvador e pré-candidato ao governo da Bahia, ACM Neto (UB). No entanto, o senador destaca que é importante que o representante do União Brasil tenha humildade, uma vez que o resultado das eleições ainda não estão definidos.  

“Sempre converso com amigos ligados a Neto sobre cantar vitória antes do tempo. Política tem que fazer com os pés no chão, muita humildade, sem menosprezar adversário. São dois grupos fortes [Neto e Jerônimo] que disputam as eleições e eu tenho certeza que o público escolherá o melhor para governar nossa Bahia. 

Senado 

Perguntado sobre a força de Otto Alencar na disputa pelo senado, Coronel diz estar confiante na vitória do aliado. “Acredito muito na eleição de Otto. Não menosprezo os outros candidatos que são bons, mas vamos trabalhar para que Otto chegue à vitória”, pontua. 

Dificuldades de emplacar uma terceira via 

Angelo também analisou a disputa presidencial, que tem sido polarizada no país. De um lado quem é a favor de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do outro, que apoia o presidente Bolsonaro. Coronel critica a centralização dos dois grupos, em um país que possui 30 partidos.   

“Fica ruim essa briga de dois grupos políticos já que o Brasil tem mais de 30 partidos. Do jeito que caminha, terá que mudar a lei eleitoral e pegar todas as siglas e fundi-las, fazer como é nos Estados Unidos, só o Democratas e Republicanos. Time que não joga não tem torcida, a partir do momento que um partido não lança uma candidatura a presidente, ele jamais vai crescer, ter um nome competitivo porque só serve para apoiar quando chega próximo as eleições”. 

Confira a entrevista: