André Fraga avalia que substituto de Salles deve continuar “desmonte da política ambiental”

Conhecido pela defesa das causas ambientais em Salvador, o vereador André Fraga (PV) projetou que a gestão do substituto de Ricardo Salles à frente do Ministério do Meio Ambiente, Joaquim Álvaro Pereira Leite, será semelhante à do seu antecessor.

“Provavelmete, ele [Joaquim] será mais um cara para seguir esta política de desmonte do meio ambiente, protagonizada pelo Governo Federal”, opinou o parlamentar. 

Funcionário do Ministério da Saúde desde 2019, Joaquim estava há mais de um ano à frente da  Secretaria da Amazônia e Serviços Ambientais e na Secretaria de Florestas e Desenvolvimento Sustentável desde abril de 2020. 

Antes disso, ele foi diretor do Departamento Florestal da pasta. Mesmo com a vivência do novo gestor no ministério, André Fraga mantém-se cético: “O que podemos chamar de experiência com a pauta ambiental vem deste atual governo. Antes disso, ele atuava no setor rural”.

A relação do atual ministro do Meio Ambiente com a área rural, como disse o vereador, ocorre pelo fato de Joaquim Álvaro Pereira Leite ter ocupado o comando da Sociedade Rural Brasileira (SRB), desde 1996.

Saída de Ricardo Salles

Com gestão marcada por uma série de polêmicas, Ricardo Salles foi exonerado nesta quarta-feira (23). Leia mais aqui.

Embora concorde com a saída do então titular da pasta, André Fraga reforça a hipótese de que a demissão de Salles tenha ocorrido por causa das investigações que o apontam como agente que atrapalhou as investigações da Polícia Federal (PF) contra madeireiros ilegais.

“A investigação de que ele está sendo alvo parece estar afunilando. Então, este pode ser um motivo da exoneração”, afirmou, levantando também a hipótese de que a demissão pode ter sido com o objetivo de “tirar o foco” das acusações de compra superfaturada pelo Planalto de doses da vacina indiana Covaxin.