Amparo à população LGBT na família, na escola e no mercado de trabalho: entenda as propostas de Leo Kret do Brasil

Dançarina, ex-vereadora e ex-ouvidora da Secretaria de Reparação de Salvador, Leo Kret do Brasil vai concorrer nas eleições de novembro a uma cadeira na Câmara Municipal pelo DEM. Mulher transgênero, é no campo da defesa da população de gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros que pemeia boa parte de suas propostas como postulante a legisladora. 

Caso eleita, Leo Kret fala em propor projetos à Casa que pomovam, por meio do Centro de Referência LGBT de Salvador e das Prefeituras-Bairro, a inserção das pessoas LGBTs em espaços de educação e no mercado de trabalho. 

“A ideia é que o Centro de Referência LGBT possa ser acessível em cada unidade da Prefeitura-Bairro e que esses espaços promovam cursos de reforço escolar e preparatórios para concursos públicos e vestibulares. Os transgêneros, por exemplo, têm direito a cotas, e essa informação precisa estar clara e incentivá-los a estudar”, afirma a candidata, que também propôs que o poder público faça convênios com empresas privadas para qualificar e inserir os LGBTs no mercado.

Estudante de Direito da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), Leo Kret do Brasil de Souza Santos enfrentou dificuldades na escola durante a adolescência, por causa de sua autoafirmação como transgênero. “Meus pais disseram que eu não teria futuro e me tiraram do colégio quando estava no 1º ano do Ensino Médio. Foi muito difícil para mim, e é muito complicado para os LGBTs hoje”, diz.

Ao relatar sua história, a dançarina sugeriu que as unidades da Prefeitura-Bairro de Salvador ofereçam um espaço de assistência psicológica à lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros da capital. “É preciso ampliar a atuação do Centro de Referência LGBT, dando assistência psicológica e, principalmente, jurídica às pessoas que querem denunciar um caso de homofobia”, defende.

Quanto à homofobia, considerada em 2019 como crime semelhante ao racismo pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Leo Kret reconhece que “pouca coisa mudou” em um ano. “As pessoas têm receio de ir à delegacia, mesmo a homofobia sendo crime, porque às vezes se escuta chacota da sociedade e dos policiais”, protesta.