ACM Neto vai ao STF para resolver imbróglio envolvendo Hospital Salvador

O prefeito de Salvador, ACM Neto (Democratas), disse que pode ir ao Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, nesta semana, para resolver o imbróglio envolvendo a gestão municipal e a Universidade Federal da Bahia (UFBA), por conta da impossibilidade da instalação de leitos de UTI no Hospital Salvador, no bairro da Federação. A instituição de ensino chegou a entrar com uma ação na Corte para evitar a implantação e teve o pedido aceito pelo presidente do Supremo, ministro Dias Toffoli.

“Ainda há pendência judicial, por conta desta ação do reitor da UFBA [João Carlos Salles]. Pretendo ir à Brasília esta semana tratar do assunto, levando os argumentos da Prefeitura de Salvador ao Supremo Tribunal Federal, na expectativa de reversão da decisão judicial. Atualmente, são 10 leitos de UTI no Hospital Salvador e queremos estender para 20. Caso não tenhamos sucesso, não temos um plano B e ficaremos sem esses leitos”, disse o gestor municipal na manhã desta segunda-feira (10), durante a apresentação dos 55 respiradores que serão direcionados às UTIs de combate ao novo coronavírus.

Desse total, cinco foram doados pela empresa Suzano e os outros 50 foram cedidos em comodato pela empresa Hapvida. Ainda em cima destes 55 aparelhos, 20 serão cedidos ao Governo do Estado para serem colocados em leitos no interior da Bahia.

“Nosso plano de expansão na capital está desenhado e, desde o inicio da pandemia, Salvador vem recebido pacientes não apenas da capital, como também do interior. A ampliação de leitos interessa a capital e ajuda no controle da taxa de ocupação dos leitos em Salvador”, afirmou ACM Neto.

Outros 20 respiradores serão colocados na segunda tenda do hospital de campanha do Wet ‘n Wild, na Avenida Paralela. Para essa extensão, o democrata afirmou que está aguardando um parecer da Procuradoria-Geral do Município (PGM) para transformar 20 dos atuais 80 leitos clínicos em leitos de UTI. Já 10 equipamentos devem ter como destinação o Hospital Salvador – caso o pleito municipal seja bem sucedido – e os últimos cinco ficariam como uma reserva técnica, substituindo algum aparelho que eventualmente venha a apresentar defeito.