ACM Neto e João Roma estão no rol de herdeiros políticos que vão disputar o governo
Ao todo, 18 candidatos com parentesco de políticos tradicionais disputarão as eleições de outubro
Ao menos 18 filhos, netos e sobrinhos de políticos tradicionais vão concorrer a governador nas eleições de outubro. Destes, 15 estreiam em disputas estaduais majoritárias, marcando a ascensão de uma nova geração de clãs familiares da política brasileira.
O fenômeno tem mais força em estados do Nordeste, onde filhos de políticos concorrem a governos em sete estados. Mas também há candidaturas no Acre, Pará e Rio Grande do Sul. É o que mostra matéria do jornal Folha de S. Paulo.
No cenário, não poderia faltar o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União Brasil). A ascendência familiar dele tornou-se um dos centros do debate eleitoral.
Neto iniciou a pré-campanha rememorando o jingle histórico do avô Antônio Carlos Magalhães (1927-2007), que foi governador da Bahia por três mandatos, dois deles por eleição indireta.
Em entrevista à rádio Portal do Oeste FM, o governador Rui Costa (PT) chamou ACM Neto de “filhinho de papai” que “nasceu em berço de ouro”. O ex-prefeito disse que o petista agiu de forma preconceituosa.
Também vem de família tradicional o pré-candidato a governador e deputado federal João Roma Neto (PL). Radicado há cerca de 20 anos na Bahia, ele é neto de João Roma (1912-1991), deputado federal por Pernambuco de 1966 a 1971.
Derson Maia, cientista político pela UnB, destaca que o sistema político tende a manter o seu formato, mas que pode sofrer fissuras a partir da eleição de pessoas de fora das famílias tradicionais.
“Quando pessoas oriundas de outra classe econômica, aspecto social ou racial são eleitas, isso gera fissuras, ainda que pequenas, no sistema e faz com que a ordem de prioridades na agenda pública mude”, diz.
Na Paraíba, o pré-candidato tucano Pedro Cunha Lima também faz parte da terceira geração de políticos da família. Ele afirma que as trajetórias do pai e do avô o inspiram, mas que não pretende ficar preso ao passado.
“Tenho orgulho do meu sobrenome, mas não sou apenas um nome. Sou alguém que carrega uma bagagem, uma visão de mundo e busco estar sintonizado com a minha geração. Os tempos são outros e os desafios são novos”, afirma Cunha Lima.
Ele disse que os sobrenomes têm menos influência nas eleições, mas ainda têm seu peso: “É claro que traz uma força política, não posso negar isso. A intenção de voto que tenho não vem só da minha história, existe um reconhecimento do trabalho dos que vieram antes de mim”.
Na disputa pelo governo, ele terá como adversário outro membro de família tradicional: o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB), neto do ex-governador Pedro Gondim, além de irmão de ex-senador e filho de senadora.
Partido que historicamente teve menor abertura para clãs familiares, o PT terá dois filhos de ex-deputados concorrendo a governos estaduais neste ano.
O pré-candidato a governador do Piauí é o empresário Rafael Fonteles, ex-secretário da gestão Wellington Dias (PT) e filho do ex-deputado federal Nazareno Fonteles.
No Rio Grande do Sul, o pré-candidato petista ao governo, Edegar Pretto, é filho de Adão Pretto, deputado estadual por seis mandatos. O petista, no entanto, entrou na política somente após a morte do pai em 2009, vítima de uma pancreatite.
Fora do Nordeste, dois governadores que descendem de outros ex-governadores de seus estados concorrem à reeleição: Helder Barbalho (MDB) e Gladson Cameli (PP).
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