Ação penal que acusava Lula de influenciar contratos entre Odebrecht e BNDES é trancada pelo TRF-1 

A ação penal em que o ex-presidente Lula era acusado de influenciar contratos firmados entre o BNDES e a Odebrecht foi trancada pelo Tribunal Federal Regional da 1a Região (TRF-1).

Segundo o Ministério Público Federal (MPF), em troca de sua atuação, Lula teria recebido propina por meio de seu sobrinho, Taiguara Rodrigues dos Santos. Taiguara fechou contratos entre sua empresa e a empreiteira para atuar em Angola no valor de R$ 20 milhões.

A Quarta Turma da corte votou, por unanimidade, pelo trancamento da ação. Os desembargadores avaliaram que o MPF não apresentou elementos que justificassem o prosseguimento do processo. Na sessão desta terça-feira (1º) tarde, o relator Néviton Guedes destacou que havia “insuficiência probatória” para seguir com a ação. Com isso, o caso foi encerrado.

“O julgamento de hoje reforça que onde Lula foi julgado de forma imparcial as acusações foram rejeitadas. Só houve condenação na Lava-Jato de Curitiba porque elas eram pré-definidas e com objetivos políticos”, afirmou o advogado do ex-presidente, Cristiano Zanin Martins.

A defesa de Lula pediu que o mesmo entendimento do TRF-1, que trancou essa ação penal, em relação a Taiguara, no mês de Junho. O julgamento do habeas corpus solicitando o fim da ação penal demorou dois anos para ser analisado.