“A Independência do Brasil nunca foi uma data para ser comemorada”, diz Maria Marighella

A vereadora Maria Marighella (PT) participou na manhã desta terça-feira (7), no Campo Grande, em Salvador, do ‘Bloco Fora Bolsonaro’, durante o desfile do Grito dos Excluídos organizado pelo PT Bahia, com o apoio de diversos movimentos sociais, centrais sindicais e pastorais da Igreja Católica.

Para a edil da capital baiana “a Independência do Brasil nunca foi uma data para ser comemorada”.

“Porque é uma independência inconclusa. Sabemos que o povo para ser independente precisa mais do que um grito, precisa de gritos populares reivindicando direitos, cidadania e soberania tão atacada por esse governo”, disse ao Portal M!.

Segundo ela, o ato da independência “precisa convocar lutas, bandeiras, agendas populares, progressistas e há um grito que se incorpora duas grandes agendas”.

“A primeira é a interdição do desgoverno Bolsonaro, que ataca direitos, ataca o povo, não consegue responder as principais crises do país e precisa ser parado já. Ao mesmo tempo, não podemos fazer que um ato cívico, ato de Estado seja bandeira de proteção de um governo que avança sobre os direitos”, completou.

Questionada sobre a pressão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e seus apoiadores, para o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal – STF, Alexandre de Moraes, Maria Marighella disse que as atitudes fazem parte de um projeto “antidemocrático”.

“É um projeto contra a democracia que ele precisa desinstitucionalizar o país e promover o caos institucional. Como dizia Mariguella, ‘as instituições brasileiras precisam ser instituições populares’ e a democracia brasileira ‘tem um problema de origem que tem um conteúdo de elite’. Mas a tarefa é transformar as instituições que possa defender a população”, finalizou.