“A gente foi defenestrada da política pública”, diz Symmy Larrat sobre população LGBTQIA+
De acordo com a secretária Nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+, cenário atual é de “terra arrasada”
Nomeada ontem (24) para a Secretaria Nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+, do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, a travesti paraense Symmy Larrat afirmou nesta quarta-feira (25), que a população LGBTQIA+ foi “defenestrada da política pública”. Segundo ela, que está em sua segunda passagem pela administração federal em menos de 10 anos, o cenário encontrado é de “terra arrasada”.
“A gente tinha um prosseguimento a um período de ampliação da política pública. Hoje, a gente chega em um cenário de terra arrasada, em que a gente [população LGBTQIA+] foi defenestrada da política pública”, afirmou.
De acordo com Symmy, o cenário encontrado por ela, é totalmente diferente daquele em que trabalhou na primeira vez, entre 2015 e 2016, quando assumiu a Coordenação-Geral de Promoção dos Direitos LGBT da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. A sigla LGBTQIA+ inclui pessoas lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, queer, intersexo e assexuais, entre outras categorias.
A secretária afirma que até mesmo os dados disponíveis no Disque 100, serviço que recebe denúncias de violações aos direitos humanos, mostram a invisibilização da população LGBTQIA+ – um “apagamento” que, segundo ela, também ocorreu em áreas como o fomento à cultura. “A gente não tem muita informação, porque a gente foi apagada”.
Pioneira
Primeira travesti a ocupar um cargo no segundo escalão do governo federal, Symmy Larrat afirma sentir certo incômodo com o pioneirismo – uma amostra, segundo ela, de que ainda é necessário um longo caminho para inclusão de pessoas trans em espaços de prestígio.
“Falar que é a primeira demarca, mas não é algo muito cômodo pra gente. Dói dizer que somos as primeiras”, reconhece ela, que também foi a primeira travesti a presidir a Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexos (ABGLT), depois que deixou o governo federal.
Após a eleição de 2022, Symmy colaborou com o Grupo Técnico de Direitos Humanos do Gabinete de Transição. O relatório final sobre o tema acusou o governo anterior de “revisionismo do significado histórico e civilizatório dos direitos humanos”, além de restrição à participação social e a baixa execução orçamentária, o que culminou, entre outros problemas, na descontinuidade de políticas para a população LGBTQIA+.
Desde o último dia 20, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) promove a campanha virtual “Construir para Reconstruir” com o intuito de marcar a semana do Dia da Visibilidade Trans, celebrado no Brasil em 29 de janeiro.
A ação, que tem Simmy Larrat como porta-voz, acontece nas redes sociais e conta com uma série de publicações destacando os avanços legais em âmbito nacional, além de exemplos internacionais de referência para o Brasil. O dia 29 de janeiro foi escolhido para lembrar uma mobilização ocorrida, em 2004, na Câmara dos Deputados, para a campanha “Travesti e Respeito”, que levou a um inédito ato de pessoas trans no Congresso Nacional.
*Com informações da Agência Brasil
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