Sequelas da Covid mostram que não é o momento de relaxar, alerta diretora do Couto Maia

Com o avanço da vacinação, os casos graves e os óbitos por Covid-19 tiveram uma regressão, mas as sequelas da doença devem sempre nos lembrar da importância da prevenção. 

De acordo com a diretora do Hospital Couto Maia, a infectologista Ceuci Nunes, nem toda pessoa que teve Covid-19 vai ter sequelas, mas ressalta que o vírus pode causar consequências em diversos sistemas do corpo humano.

A médica infectologista que tem mais de 30 anos de formação é a personalidade entrevistada no podcast do Portal M!.
“Estão saindo cada vez mais trabalhos sobre a Covid prolongada, que são alterações que as pessoas vão ter após casos mais graves da doença”, informa a médica.

Ela explica que o percentual dos pacientes que desenvolve sequelas graves da doença ainda não está fechado, mas segundo ela, é um número baixo. 

Enquanto para alguns o coronavírus passa despercebido (assintomático), para outros com menos sorte a doença se complica provocando internação prolongada. A causa dessa enorme diferença entre os casos ainda é desconhecida.

Na Medicina, um conjunto de sintomas, diferentes mas relacionados, cujas causas ainda são desconhecidas, são conhecidos como “síndrome”, e a esse respeito, alguns autores, vendo a quantidade de sintomas que o coronavírus pode apresentar, também o chamaram “síndrome pós-Covid-19”.

Embora tenha apresentados quadros menos graves, o coronavírus deixa o organismo debilitado. Cansaço, falta de ar, perda de memória, depressão, perda de massa muscular. A lista de danos é extensa. 

“De uma forma geral, as pessoas que tiveram Covid podem ficar com fadiga, fraqueza muscular, dores nas articulações e isso pode prolongar”, destaca a diretora do Couto Maia.

No entanto, de acordo com Ceuci, somente a partir de quatro semanas de sintomas é que se pode considerar o quadro como Covid prolongada.

“Se continuar com esses sintomas já é a Covid prolongada, que pode provocar também alterações no pulmão, sistema nervoso, cérebro, pele, rim e diversos órgãos”.

A médica também fala sobre a cepa Delta e consequências mais graves da doença.

Confira a entrevista no player abaixo: