‘Parece que nós não entendemos quais são os mecanismos de evitar problemas’, diz Bruno Cerqueira sobre aumento dos casos de Covid-19
Segundo diretor técnico do Laboratório Jaime Cerqueira, ‘estamos em um momento novo e conhecido da pandemia’
A atitude negativa de algumas pessoas em relação a pandemia de covid-19 tem sido objetivo de preocupação de especialistas da área de saúde. Uma das principais tem sido a não utilização das máscaras, assim como a formação de aglomerações, fator importante para a disseminação da doença cujos números vem novamente tendo crescimento.
Para o diretor técnico do Laboratório Jaime Cerqueira, Bruno Cerqueira, “estamos em um momento novo e conhecido da pandemia”, mas que “parece que nós não entendemos quais são os mecanismos de evitar problemas”.
“É um momento novo e muito similiar ao que a gente já passou em abril e maio. Temos aglomerações, temos a ausência da máscara em muitos ambientes. Nós passamos nas ruas e é perceptível que as pessoas estão achando que a covid-19 foi embora. Mas, existe um grande erro porque o vírus é transmitido de forma muito fácil”, alertou o especialista, em entrevista ao podcast do Portal M!.
Por outro lado, ele destacou que as pessoas estão logo procurando os serviços de saúde ao sentirem os primeiros sintomas e que, desta forma, alguns hospitais começam a ter um incremento de volume de pacientes. “Mas, o que me assusta, é que nós passamos pelo mesmo momento em abril e maio, melhorando significamente em julho e agosto, e começamos a descer a ladeira novamente, com um número absoluto de casos aumentando, o número de infectados aumentando”, disse.
Segundo Bruno Cerqueira, as aglomerações vistas ao longo do período eleitoral foram um indicativo para que o número de casos do novo coronavírus voltasse a ter um aumento expressivo, com especialistas já indicando que o país poderia entrar em uma segunda onda da doença.
“Se nós formos buscar mecanismos para explicar esse número que nós estamos em novembro, epodemos suspeitar das aglomerações no período eleitoral. Ele é um possível mecanismo para esse resultado. Esse ano nós não tivemos Copa do Mundo, nós não tivemos festas, mas tivemos aglomerações festivas nas eleições. E o resultado é o de que a covid explodiu no interior do estado”, afirmou.
Nova onda ou velha onda?
Na conversa com editor-chefe do M!, Osvaldo Lyra, o diretor técnico do laboratório foi questionado justamente se a Bahia estaria ou não em uma segunda onda da doença. Para ele, é apenas possível dizer que os mesmos números que foram registrados no início do ano podem ser vistos também agora.
“A percepção de quem está no front, vendo as curvas, é a seguinte: nós tivemos uma primeira curva que foi relativamente acentuada, em abril e maio, e depois uma queda de casos em junho e agosto. Agora, temos uma curva crescente em novembro. O que é possível dizer é que nós temos um número alto de casos, no início do ano, e temos um número elevado de casos no final do ano. A covid está na nossa população e vamos continuar com ele até a gente chegar a uma vacina, Por outro lado, o número casos está aí e ele é real. O que me assusta e me causa estranheza é que a população já sabe é que tem que usar máscara e se isolar, tem que se distanciar um pouco. Mesmo assim, a gente passa nos bairros e vê que o uso da máscara vem caindo”, lamentou.
Outro assunto em pauta foi exatamente a percepção de que os jovens, por não estarem nos chamados grupos de risco da doença e, por isso, estarem menos atentos à doença, mas levando a Covid-19 pra casa, onde vivem com pessoas mais velhas.
“Existe uma resistência maior ao vírus pela população mais jovem. Mas, o interessante é o seguinte: o cidadão vai, aglomera, não usa máscara e traz o vírus para a sua residência, sendo que a transmissão é muito fácil. Em casa não tem só jovem. Também tem a mãe, o pai, o avô (…) que são populações que tem o risco aumentado para a covid”, afirmou.
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