‘Ela fez tudo sem achar que iria receber algo em troca’, diz Marta Pontes sobre Santa Dulce

Assistente social e voluntária Obras Sociais Irmã Dulce (OSID), Marta Pontes só tem boas lembranças da tia que virou Santa e tem, nesta sexta-feira, 13 de agosto, um dia todo dedicado em homenagens a ela.

Em entrevista ao podcast do Portal M!, Marta disse que “Mariinha”, como era chamada pela família, teve um convívio muito bom com a família, na qual reinava o amor e a religiosidade.

“Por se envolver nos trabalhos sociais, ela não tinha tempo de visitar a família. Mas sempre se fazia presente em algumas ocaisões ligadas a religião”, afirmou.

Sobre o fato de se tornar a primeira Santa do Brasil, a sobrinha afirmou que, diante de tudo que foi feito por Santa Dulce dos Pobres, era algo que já era esperado pelos familiares e seguidores dela.

“Nós já tinhamos a certeza de que sempre foi Santa, devido a sua personalidade diferenciada, colocando a vida dela função dos mais necessitados. Eu já esperava por isso. Eu, quando rezo, peço a minha tia”, revelou Marta.

Diferenciada

Segundo a assistente social, que colabora voluntariamente nas OSID com aulas na área de saúde, além de atuar nos bastidores e campanhas da instituição, a Santa, desde de jovem, já tinha um comportamento diferenciado em relação às pessoas da mesma idade.

Conforme Marta Pontes, até mesmo os pais dela não acreditavam muito no desejo de ser freira por parte de Maria Rita de Sousa Brito Lopes Pontes, nome de batismo da santidade.

“Ela fez tudo sem achar que iria receber algo em troca. Só queria que as pessoas contribuíssem com a instituição para ajudar os pobres. Em família, era sempre de nos orientar, perguntando se estávamos estudando, indo a missa, comungando”, afirmou.

Ainda na conversa, Marta comentou sobre outros assuntos, como a importância das OSID, projeções para o futuro e as ajudas de pessoas famosas, como a do ator Paulo Gustavo, já falecido em decorrência da covid-19.

Sobre a pandemia, Marta Pontes indicou como seria o comportamento de Santa Dulce dos Pobres caso estivesse viva e tendo de lidar com este momento.

“Acredito que ela elevaria ainda mais o sentimento de empatia, aumentando a fé dela em Deus. Por outro lado, penso que ficaria triste com as atitudes negacionistas de algumas pessoas”, disse.

Confira o podcast com Marta Pontes, sobrinha de Santa Dulce dos Pobres, clicando no player abaixo: