“É uma realidade que a gente presencia em algumas maternidades”, diz ginecologista sobre violência obstétrica
Carolina Andrade conversou sobre o assunto com o podcast do Portal M!
A violência obstétrica é uma realidade no Brasil e ficou mais notória após o depoimento da influenciadora digital Shantal Verdelho, que passou pela situação durante o parto da sua filha caçula, em São Paulo.
O Portal M! gravou um podcast com a ginecologista e obstetra, Carolina Andrade. Ela ressaltou que a violência obstétrica realmente ocorre, principalmente em plantões. “Infelizmente é uma realidade que a gente presencia ainda em algumas maternidades. Na hora do parto a gente pode ter agressões verbais como foi a de Shantal e agressões físicas mesmo”, pontuou.
Ginecologista e obstetra Carolina Andrade. Crédito: Divulgação
Segundo ela, no Brasil há muita indicação de cesariana sem necessidade, além de uma superlotação das maternidades na Bahia e em Salvador, o que dificulta a assistência.
De acordo com a médica, a violência obstétrica “pode ser considerada qualquer violência que a paciente sofra no período do parto, aborto e puerpério, que é considerado os primeiros 42 dias após o nascimento. Infelizmente é uma realidade”.
A defensora pública, Lívia Almeida, que é coordenadora da Especializada de Proteção aos Direitos Humanos, destacou que é preciso as mulheres saberem identificar a violência, se informar sobre os seus direitos além de procurar a Defesonsoria em caso de abuso. Segundo ela, foram 52 casos registrados em 2021.
Almeida ressaltou que as mulheres precisam fazer com que os seus direitos sejam respeitados e ressaltou que a maioria dos casos é resolvida de forma administrativa, ou seja, sem a necessidade da abertura de uma ação judicial.
Ela disse ainda que as mulheres se habituaram a ter direitos negados e muitas não conseguem fazer o pré-natal. “A violência costuma atingir em maior grau as mulheres negras e pobres”, destacou.
Segundo dados do Núcleo de Defesa das Mulheres (Nudem) da Defensoria Pública do Estado da Bahia, dos 52 casos de violência obstétrica registrados, 39 foram encaminhados por integrantes da Rede e todos solucionados administrativamente. Ainda segundo a Defensoria, nove foram encaminhados pela Central de Relacionamento Com o Cidadão (Disque 129) – 01 gerou o ajuizamento de ação indenizatória e os demais foram solucionados administrativamente. Além disso, 4 foram recebidos durante as Rodas de Conversa promovidas em parceria com a Ouvidoria.
Confira o podcast completo com a ginecologista e obstetra Carolina Andrade:
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