Unipar vai construir planta com investimento de R$ 130 milhões na Bahia, diz Frank Geyer Abubakir
A expectativa é que a fábrica amplie a oferta de produtos essenciais para atender a demanda decorrente do Marco do Saneamento no Nordeste
O presidente do Conselho de Administração e controlador da petroquímica Unipar, Frank Geyer Abubakir, anunciou que a companhia vai construir uma nova planta na Bahia com investimento inicial de R$ 130 milhões. A informação foi informada com exclusividade para o colunista do jornal A Tarde e editor chefe do Portal M!, Osvaldo Lyra.
A expectativa é que a fábrica de cloro e solda, que deve ser implantada no polo petroquímico de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), amplie a oferta de produtos essenciais para atender a demanda decorrente do Marco do Saneamento no Nordeste, já que a empresa é líder na produção de cloro e soda e uma das maiores na produção de PVC na América do Sul.
“Olha, eu acho que uma fábrica dessa são menos de 2 anos para que ela já esteja em plena operação, mas agora mesmo na construção, os investimentos já começam, já começa a geração de emprego, já começa, inclusive, a geração de tributos. E vamos também com isso… “, anunciou Frank Geyer Abubakir.
Nascido em uma família visionária, que foi responsável pela implantação do setor petroquímico no Brasil, Frank Gayer diz que é importante que as empresas tenham lucro, “mas é importante que tenha respeito ao meio ambiente, função social, e que atenda a seu entorno, onde o empreendimento está sendo instalado. “É importante que pague os impostos, que gere emprego, e mais ainda, que seja justo”.
O empresário pontuou também que a companhia parte de principíos de sustentabilidade como forma de amenizar os impactos ambientais e contribuir para melhorias nas esferas sociais, educacionais e cultural. “Nós temos um princípio de sustentabilidade que é fazer investimentos sociais e culturais principalmente onde temos atuação, onde temos a nossa fábrica, para ter uma boa relação com a comunidade. E acho que é uma troca mais justa do que apenas fazer esse investimento em coisas mais distantes”, falou Frank.
“Agora, com a decisão do projeto, a gente vai passar, antes mesmo dele ser concluído, a olhar quais seriam as oportunidades e qual será a nossa contribuição sobre esses pontos: social, educacional e cultural”, acrescentou.
Capitalismo consciente
Frank Geyer Abubakir também falou sobre o capitalismo consciente. De acordo com o gestor, o capitalismo está evoluindo constantemente e tem suas obrigações. Para exemplificar, o administrador até compara sistemas de política e economia de países extremistras como a Coreia do Norte e a China.
“Eu acho que o capitalismo tem uma coisa interessante que é a honestidade de admitir o interesse humano, o desejo humano. Ele permite isso. Se você cerceia isso… Pode até parecer um discurso muito bonito, mas acho que fica fora da realidade. Fica desumano. Eu acho que o capitalismo tem a liberdade, a obrigação e a possibilidade de evoluir”, disse.
“O capitalismo está se permitindo criticar e mudar naquilo que ele precisa, e precisa, naquilo que ele pode. E o poder está muito ligado às possibilidades tecnológicas, à evolução mesmo. E eu acho que um novo ponto de equilíbrio entre os diversos participantes do capitalismo, de um empreendimento, de uma empresa, o que se chama comumente de stakeholder, é muito importante. É importante que tenha o lucro, mas é importante que tenha respeito ao meio ambiente, função social, é importante que atenda a seu entorno, onde o empreendimento está sendo instalado, é importante que pague os impostos, que gere emprego, que seja justo”, emendou.
O ESG e a sustentabilidade
Uma das siglas em alta no mundo e também no Brasil é a ESG que refere-se a questões sociais, ambientais, além de governabilidade corporativa. Do inglês Environmental (Ambiental, E), Social (Social, S) e Governance (Governança, G), no Brasil o conceito é igualmente conhecido como ASG. Para Franklin “o ponto importante do ESG é a questão da sustentabilidade”. Ele pontua que mesmo que uma empresa distribua dinheiro, pague impostos, gere emprego para a região onde está instalada, se não houver investimentos necessários para a proteção ambiental, nada adianta.
“Não vai durar muito. Então a questão de ESG para mim é básica. Para entrar no jogo tem que atender. Claro que nós vamos nos dar ao trabalho de discutir o que efetivamente é ESG, o que é greenwashing, e o que não é ESG, porque há um debate do que deve ser incluído nesse ESG. Então, em uma indústria de capital, a tendência de quem é industrial, como eu, é olhar no longuíssimo prazo”, disse.
Para exemplificar o conceito, Frank falou sobre o município paulista de Cubatão que chegou a ser considerada uma das mais poluídas do mundo e no ínicio dos anos 80, o ar na cidade era denso e possuía cheiro e cor.
“A gente tinha uma holding, a Unipar era um sistema de holding, uma das plantas era Carbocloro, hoje ela é Unipar, foi integrada. E mostrando a melhora, a preservação de Mata Atlântica. A gente tem um zoológico, você entra na planta e é um espetáculo, tem Mata Atlântica. Se nós não tivéssemos feito esse processo, em determinado momento teriam matado a própria Cubatão, a própria comunidade e nós mesmos. Você não pode cair na besteira de olhar no curto prazo e matar o ganso dos ovos de ouro. Então, esse é o grande ponto de ESG, e ele não é só meio ambiente. No nosso caso, meio ambiente é muito forte, mas também é o social e o de governança também, que é o G”, esclareceu.
Confira entrevista:
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