“Sou uma entusiasta do empreendedorismo feminino e quero ver mais mulheres empoderadas”, diz Carolina Menezes
Formada em administração, ela tem um rico currículo e trabalha como modelagem de negócios
“Sou uma entusiasta do empreendedorismo feminino. Quero ver mais mulheres empoderadas”, afirma Carolina Menezes, 41 anos, ao explicar um dos motivos pelos quais decidiu trabalhar com modelagem de negócios, ferramenta que auxilia os profissionais a encontrar seus valores e transformar a paixão em pequenas e grandes empresas.
Formada em administração, Carolina tem um rico currículo e rotina grande de trabalho, com muito planejamento. Ela é especialista em Marketing Digital, atua como consultora, empreendedora, professora, mentora e já mudou a vida de várias mulheres que tinham o desejo de ser donas do seu próprio empreendimento.
Carolina palestra no evento ‘Maratona do Empreendedorismo’. Foto: divulgação
“Hoje eu estou num círculo significativo de pessoas que são muito boas naquilo que fazem, mas tudo isso como empregadas dentro de uma empresa. Então elas chegaram no momento dos 35, 40, 50, 60 anos, com muita experiência. Têm às vezes, inclusive, o capital para poder abrir negócio, mas acabam pecando por sofrerem da ‘síndrome da impostora’, de achar que ainda não são boas o suficiente para tocar isso para frente. É aí que entra essa questão da modelagem”, explica Carolina.
As donas de empresas estão em ascensão. Dados do Sebrae e da Global Entrepreneurship Monitor apontam que 30 milhões de brasileiras já abriram seu próprio negócio, o que representa 48% do mercado empreendedor.
Mesmo reconhecendo que há grande distância de alcançar equidade com os homens por conta de diversos obstáculos, a professora diz que o desejo de empreender hoje é fruto do empoderamento.
“Eu vejo com bons olhos esse crescimento, mas eu ainda acho que tem um potencial muito grande pra crescer. Esse é o momento em que a mulher não está mais querendo fazer para pagar as contas. É mais fazer porque gosta, porque ela quer tomar as rédeas do seu caminho, da sua trajetória profissional. Não é mais o momento de esperar o emprego chegar, é o de ir lá fazer”, defende.
Carolina sempre foi decidida e determinada. Ingressar no mundo empresarial foi um sonho que nasceu no coração dela ainda na infância. Quando criança, para todos que faziam a pergunta “o que você quer ser quando crescer?”, a resposta estava na ponta da língua: “Quero ser chefe”.
Ao longo dos anos, ela correu atrás dos objetivos, foi consolidando o sucesso na carreira e passou a utilizar a experiência de vida para estimular outras mulheres a transformarem seus sonhos em realidade.
“Muito começou entre as minhas amigas, porque elas acabavam vendo os meus exemplos de mudança de carreira, ficavam falando ‘como é que você consegue isso?’ e aí eu comecei a dar alguns toques, algumas dicas. Até que esse toques e dicas viraram mentorias e depois consultorias”, explica.
Mulheres no mundo da música
Sócia-proprietária há 17 anos do Sinkroni, um estúdio musical que surgiu no coração do seu marido, a professora divide o tempo entre a carreira de docente, a administração da empresa e a atuação como consultora de modelagem de negócios para musicistas e outros profissionais.
Vale ressaltar que o plano do estúdio foi modelado por Carolina ainda na faculdade. Ela reconhece que a área da música ainda é “extremamente ocupada pelos homens” e que há rapazes que se surpreendem quando descobrem que há uma mulher à frente do negócio.
“Mais de 94% dos meus clientes são homens. Eles sempre ficavam um pouco admirados e surpresos quando viam, além do meu marido musicista, também eu à frente do meu negócio. É uma coisa boa porque nós, mulheres, trazemos uma outra forma de ter um negócio. Como eu sou administradora, organizava um pouco melhor do que a minha concorrência, que, na maior parte das vezes, é apenas de musicistas. Negócio com mulher à frente é sempre mais organizado”, relata.
Design de carreira para mulheres é um dos projetos de Carolina. Imagem: Divulgação
Segundo ela, a música é uma área que não é fácil para a mulher, pelo fato de o preconceito fazer com que as musicistas não sejam levadas a sério. “Mesmo que você seja musicista eles sempre acham que você sabe menos”, pontua. Foi aí que Carolina começou a se destacar na gestão da carreira para quem trabalha com música.
“Mulheres que já são musicistas, mas não conseguem organizar a carreira de uma forma mais profissional, o meu projeto atende. Da mesma forma, eu também tenho outros projetos, como por exemplo, o design de carreira para mulheres. Uma mentoria para mulheres que queiram desenvolver tanto a carreira como executiva quanto como empreendedora. Tudo muito inspirado na minha própria carreira”, explica.
A empresária reconhece que, mesmo com a existência de muitas cantoras, ainda há carência de mulheres musicistas por trás daquela artista.
“É uma área difícil, porém não é impossível. Então eu vejo com bons olhos a chegada das mulheres em outras áreas. Nós trazemos um ponto de vista diferente de atuação naquelas áreas porque nós, mulheres, somos regidas por outros valores. A gente sempre procura mais o compartilhamento, o diálogo, a diplomacia do que necessariamente a força, já que nos homens essa questão da força física vive mais forte”, analisa.
A respeito das dificuldades de quem deseja empreender mas teme não ter sucesso, ela diz: “Nós, consultores, rede de apoio aos empreendedores, bancos, editais públicos que ajudam esses empreendedores, fica a minha mensagem: que eles entendam melhor essas dificuldades do universo feminino para poder montar estratégias para ultrapassar esses obstáculos. Quais são as sugestões que você daria para ajudar aquelas mulheres que desejam empreender, mas que temem não ser bem sucedidas?”
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