Retomada da produção da Polo Bahia Terra é negada

A Petrobras havia formalizado um pedido de retomada da produção do Polo Bahia Terra, contudo, o colegiado da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) negou a solicitação por unanimidade. O grupo destacou que a companhia não realizou as medidas para a operação.

A empresa está negociando o Polo com um consórcio formado pela Eneva e PetroRecôncavo. A Federação Única dos Petroleiros (FUP) solicitou a suspensão da venda, mas essa decisão aguarda a mudança de gestão da companhia, que atualmente ainda está nas mãos de indicados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.

O diretor-geral da ANP e relator do processo, Rodolfo Saboia, sugeriu não apenas a negação do pedido, mas também a criação de um grupo de trabalho que ficará responsável pelo monitoramento da situação do Polo. O grupo também teria como incumbência articular a retomada da produção.

“A interdição se mostrou inevitável (na época). A situação colocava em risco a vida de pessoas. Foi observada falta de sensores de fogo e gás, falta de combate a incêndios, entre outras irregularidades. Em termos sistêmicos foi verificada falha da empresa de não gerenciar nem fiscalizar o Polo”, afirmou Saboia.

Segundo a Petrobrás, o Polo Bahia Terra possui uma arrecadação de cerca de R$ 200 milhões em royalties. Além disso, a companhia destaca a geração de empregos e renda como motivos para a retomada da produção.

Em dezembro de 2022, entretanto, um relatório da ANP apontou falhas severas de segurança operacional e, por isso, paralisou 37 operações do Polo Bahia Terra.