Presidente do Lide Futuro explica mudanças que pandemia impôs no setor empresarial

A pandemia de Covid-19, que assolou o mundo em 2020 e 2021, causou também a falência de muitas empresas. Aquelas que conseguiram atravessar o período de crise sanitária, se adaptaram ou, simplesmente, repaginaram a forma de operar, como explica o presidente do Lide Futuro Bahia, Pedro Dornas.

“Muitas empresas funcionavam no ambiente offline ou fora da internet e essa migração fez com que muitos negócios prosperassem e outros se adaptaram para poder ter também  essa possibilidade de crescimento dentro da pandemia”, disse Pedro, na manhã desta quarta-feira (29), durante entrevista com o editor chefe do Portal M!, Osvaldo Lyra, no programa Nova manhã da rádio Nova Brasil FM.

“É certo dizer que, quando a vacinação chegou aqui no Brasil, a gente teve uma flexibilização e as pessoas voltaram aos centros e ruas comerciais. O que isso mostra que o trabalho do empresário, aliado à ciência e aliado ao trabalho de um governo sério, a gente consegue ter bons frutos”, acrescentou Dornas.

Com a chegada da vacina para barrar o avanço da Covid, aos poucos, a vida foi retornando a sua normalidade. Com a retomada da economia no pós-pandemia, mas com a desaceleração e recessão no cenário internacional marcado pela guerra da Rússia na Ucrânia, o Brasil tem seguido na contramão. Nesta terça-feira (28), o ministro da Economia, Paulo Guedes, apontou um crescimento de 2% ainda em 2022, e de 3% a 4% nos anos subsequentes.

Embora muitas empresas estejam ansiosas pelo cenário político do país que será definido em outubro deste ano, Pedro Dornas disse que, mesmo não podendo controlar a política, é possível gerir o futuro das empresas e contribuir cada vez mais para o crescimento econômico.

“Os números mostram que o Brasil vem respondendo bem economicamente. É um pouco abaixo do esperado, mas respondendo bem economicamente. Eu acredito que um comércio estabilizado e as pessoas voltando ao normal e novos negócios acontecendo, as coisas vão voltar ao normal o mais breve possível. Nós não temos como prever o futuro político, isso é um fato, mas temos como controlar as nossas empresas, trazendo sempre as melhores práticas e ferramentas para que os negócios deem certo”, disse.

Investimentos em startups caem em 2022

De acordo com o relatório da SlingHub, o ecossistema de investimentos em startups apresentou uma desaceleração em abril deste ano, marcando encolhimento de 35% e de 12% em março, se comparado aos mesmos períodos em 2021. O Brasil, que detém cerca de 70% das empresas na América Latina, concentra um volume de 46% dos investimentos. Ao todo, 61 startups brasileiras captaram um total de US$ 383 milhões.

Pedro analisa o cenário como um tipo de amadurecimento do setor empresarial, uma vez que é preciso ter um direcionamento sobre o que fazer e para que fazer um determinado produto.