Petrobras inicia perfuração do poço de pitu oeste, na Margem Equatorial, em busca de óleo e gás

A Petrobras iniciou, neste sábado (23), a perfuração do poço de Pitu Oeste, no litoral do Rio Grande do Norte, marcando um avanço na pesquisa por óleo e gás na Margem Equatorial. Embora a região gere preocupações ambientais, o poço está localizado distante da foz do Rio Amazonas, considerada a área mais sensível.

Segundo com nota divulgada pela estatal, a perfuração será realizada a 53 km da costa do Rio Grande do Norte e levará de três a cinco meses. “A Petrobras obterá mais informações geológicas da área, o que permitirá a confirmação da extensão da descoberta de petróleo já feita, em 2014, no poço de Pitu”, diz o texto.

A faixa costeira da Margem Equatorial estende-se do Rio Grande do Norte ao Amapá, incluindo as bacias hidrográficas do Rio Amazonas, Pará-Maranhão, Barreirinhas, Ceará e Potiguar. Essa área geográfica é reconhecida pelo setor de óleo e gás como uma região de grande potencial.

Em seu Plano Estratégico 2024-2028, a Petrobras planeja investir US$ 3,1 bilhões em pesquisas na Margem Equatorial, visando perfurar 16 poços ao longo de quatro anos. Contudo, a exploração das reservas, especialmente próxima à foz do Rio Amazonas, enfrenta críticas de grupos ambientalistas preocupados com possíveis impactos à biodiversidade.

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) negou o pedido da Petrobras, em maio, para realizar atividade de perfuração marítima do bloco FZA-M-59. Ele está situado na bacia da Foz do Amazonas. Na época, o Ibama informou que a decisão foi tomada “em função do conjunto de inconsistências técnicas” para a operação segura em uma nova área exploratória.

A equipe técnica que preparou o parecer destacou que a Petrobras não forneceu uma avaliação ambiental da área sedimentar, uma análise crucial para identificar potenciais riscos e impactos ambientais associados às atividades de extração e produção de petróleo e gás. A Petrobras submeteu um novo pedido, aguardando resposta.

A Petrobras avança na Bacia Potiguar com aprovação do Ibama, obtendo licenças para perfurar os poços Pitu Oeste e Anhangá no litoral do Rio Grande do Norte. A avaliação de viabilidade econômica é realizada nas pesquisas, com a necessidade de novo licenciamento ambiental para a fase de produção. O presidente, Jean Paul Prates, destaca o compromisso da Petrobras com o desenvolvimento regional e a contribuição para a segurança energética nacional na Margem Equatorial.

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