Para seu bolso, 2020 começa com alíquota maior do INSS e teto para juros de cheques especiais

O ano de 2020 começa com várias novidades para o bolso dos brasileiros. Além do novo valor do salário mínimo, entram em vigor as regras que estabelecem um teto para os juros do cheque especial.Também começam a valer neste ano as novas regras para compras de brasileiros em lojas francas de aeroportos e portos, conhecidas como free shops, além da alteração na regra para a conversão do câmbio nos gastos no exterior com cartão de crédito. Começam a valer nesta quarta-feira (1º) as contratações de trabalhadores por meio do programa Verde Amarelo. Essa medida permite aos empregadores contratar jovens pagando menos tributos. Em seis de janeiro,  os juros do cheque especial serão de no máximo 8% ao mês. 

Com o limite imposto, o juro anual será de cerca de 150% ao ano, no máximo, de acordo com o Banco Central – até 2019 a média anual dessa tarifa ultrapassava 300%.  O BC também determinou que os bancos poderão cobrar pelo limite de crédito que disponibilizam no cheque especial. Quem tem até R$ 500 de limite no cheque especial não poderá ser cobrado por isso. Quem tiver mais pagará até 0,25% sobre o valor que exceder esse piso.

Com a aprovação da reforma da Previdência, o valor descontado do salário de cada trabalhador para a aposentadoria vai mudar.  Em 1º de março, entram em vigor as novas alíquotas de contribuição ao INSS. Elas valerão para os salários de fevereiro, pagos em março. Hoje, quem trabalha com carteira assinada no setor privado contribui com  8% a 11%  para a Previdência. No novo modelo, as alíquotas vão de 7,5% a 14% para os trabalhadores do setor privado e, para o setor público, podem chegar a 22%.O seguro-desemprego poderá ter desconto de INSS a partir de março.

Também a  partir do terceiro mês do ano,os emissores de cartão de crédito serão obrigados a usar a taxa de câmbio do dia da compra realizada pelos clientes, e não mais o câmbio na data do pagamento da fatura. A nova regra do Banco Central foi publicada em outubro de 2019, e detalha norma publicada no fim de 2018. A regra ainda estabelece que os emissores de cartões de uso internacional devem divulgar informações sobre as taxas de conversão do dólar dos Estados Unidos para reais relativas aos gastos em moeda estrangeira.

Nos free shops, o limite dobrará – de   US$ 500 para US$ 1 mil por passageiro – algo em torno de R$ 2 mil a R$ 4 mil, a depender do câmbio do dia.Para quem atravessar fronteiras por vias terrestres, fluviais ou lacustres, a mudança faz o valor aumentar de US$ 300 para US$ 500 (ou o equivalente em outra moeda), que corresponde a aproximadamente R$ 1.200 a R$ 2.000.

Fonte: G1