Ocupação nos hotéis deve cair com o cancelamento do feriado de Carnaval, diz Luciano Lopes

O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH-BA), Luciano Lopes, afirma que está pessimista sobre o aumento da taxa de ocupação hoteleira no período de fevereiro, quando tradicionalmente comemora-se o Carnaval. A grande festa de rua foi cancelada pela prefeitura, por causa da pandemia da Covid-19. 

“O cancelamento do Carnaval terá forte impacto nos hotéis de Salvador, apesar de estar acontecendo uma tímida volta de turistas neste verão”, diz Luciano.

No início do verão, em dezembro, a taxa de ocupação hoteleira ficou em 48,59%, maior que setembro, que registrou 29,85% de hotéis ocupados, de acordo com dados da ABIH.

Esta tendência de alta, observada entre o nono e o último mês de 2020, não vai ocorrer  em fevereiro deste ano. 

Segundo Luciano, o cancelamento de festa de Carnaval em diversas cidades do país pode acarretar no fim de ponto facultativo nas empresas e no serviço público, o que prejudicaria a vinda de turistas que estão em folga.

Prorrogação do Carnaval

Como afirmou em entrevista ao Portal M!, publicada em janeiro, (veja aqui) uma possível prorrogação da festa momesca para o segundo semestre não resolveria o rombo na arrecação dos hotéis de Salvador.

Como justificativa, ele apontou a mesma questão do porquê não haver aumento do fluxo de turismo com Carnaval cancelado em fevereiro, embora reconheça benefícios de se remarcar a festa para este ano.  

“Em um cenário onde todos são vacinados contra o coronavírus, seria interessante prorrogar para reduzir os danos nos hotéis, porém estaríamos em um período, em que muitas empresas não fariam ponto facultativo e não teríamos o mesmo fluxo de turistas”, explica.