“Não pode existir saúde sem emprego e vice-versa”, alerta Sílvio Pessoa

O setor turístico baiano sofreu impacto expressivo desde o início da pandemia de Covid-19. Dados da Secretaria de Turismo do Estado (Setur) apontam que 84,6% das empresas do segmento fecharam por causa da crise sanitária.

O presidente da Federação Baiana de Hospedagem e Alimentação (Fehba), Sílvio Pessoa, resume a situação: “Nos nossos cálculos, entre 5% a 10% dos hotéis não voltam mais a operar, por estarem tecnicamente quebrados. E de 30% a 40% dos bares e restaurantes também não voltam. São mais de 80 mil postos de trabalho perdidos em todo o estado, sendo 60 mil de bares e restaurantes e 20 mil de hotéis”.

Mesmo com a chegada, ainda sem previsão concreta, das vacinas contra Covid-19, Sílvio acredita que as pessoas serão imunizadas apenas no segundo semestre de 2021. E alerta: “Não pode existir saúde sem emprego e vice-versa”.

“Teremos que conviver com a pandemia e cuidar da saúde dos outros, mas cuidar da economia também. Se a vacinar aparecer, as pessoas estarão vacinadas apenas no segundo semestre. Nada é tão simples. Não queremos ser negacionistas, mas um povo só tem saúde se estiver empregado. Não pode existir saúde sem emprego e vice-versa”, pontuou.

Sílvio disse ainda que o estado e os municípios precisam, de imediato, dar incentivos para que estes segmentos possam minimizar os prejuízos e iniciar a retomada da recuperação.

“Nós estamos trabalhando com 50% da capacidade de bares e restaurantes e com os protocolos sendo utilizados. É claro que o estado e os municípios também têm que dar incentivos. Em Salvador, tivemos incentivos com o IPTU na hotelaria, mas o segmento de bares e restaurantes não teve. Precisamos ver fórmulas de como minimizar esse período nefasto, que também vai acontecer no ano que vem”, pontuou.