Haddad volta a falar em harmonizar políticas fiscal e monetária

Nesta segunda-feira (30), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu novamente a estratégia de se “harmonizar” a política monetária e fiscal. Durante uma reunião feita pela diretoria da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) o líder da pasta falou sobre o assunto.

“Essas políticas se divorciaram no último período: o juro foi a 13,75% e o fiscal se perdeu, com desonerações sem base técnica”, afirmou.

 O ministro afirmou que uma “confusão federativa” foi gerada em decorrência das desonerações conduzidas pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo ele, essa atitude levou os Estados a terem prejuízo. Por isso, Haddad declarou que o governo atual irá evitar insegurança jurídica nesse quesito.

O gestor comentou também sobre as previsões negativas que alguns economistas têm feito sobre os impactos das incertezas fiscais na inflação e no câmbio. “Faz só 30 dias que os economistas previram o caos… As projeções sumiram do horizonte”, declarou o ministro, pontuando que a expectativa de inflação no Brasil é menor do que no mundo desenvolvido pela primeira vez, desde o Plano Real.

Ainda segundo Haddad, o governo iniciou o mandato com o dólar a R$ 5,29, e, na última sexta-feira (27), a moeda já tinha caído para R$ 5,10 na sexta-feira. “E tem gente dizendo que a tendência é de valorização do real.”

Por fim, o ministro afirmou que os investimentos nas concessões e parcerias público-privadas no Brasil irão melhorar. “Escrevi a lei das PPPs, que Congresso acabou burocratizando”, ressaltou o ministro, pontuando também o que o secretário executivo da Fazenda, Gabriel Galípolo, foi escalado para retirar a burocracia de processos de concessão e PPPs.