Grupo de empreendedores de impacto social nas favelas lançam banco para impulsionar negócios nas comunidades

Iniciativa de empreendedores de impacto social e líderes das dez maiores comunidades brasileiras que, juntas, movimentam cerca de R$ 7 bilhões por ano, o G10 Favelas criou o G10 Bank Participações, uma empresa de desenvolvimento para fomentar o comércio das favelas, oferecendo meios de pagamento, linhas de microcrédito, seguro e até maquininhas de cartão.

O banco vai oferecer aos clientes empréstimos, financiamentos e desconto de títulos de crédito voltados inicialmente para microempreendedores individuais, microempresários e donos de empresas de pequeno porte. Além de juros de crédito rotativo mais baixos em relação às outras instituições, a iniciativa também prevê mentorias. Uma das premissas é que a iniciativa seja sustentável. 

Com capital inicial de R$ 1,8 milhão obtido com investidores, o objetivo é fazer uma segunda rodada de captação para chegar a R$ 20 milhões e, assim, ajudar também comunidades que não fazem parte do grupo.

De acordo com Gilson Rodrigues, presidente do G10 Favelas e CEO do G10 Bank Participações, diz que o crédito existe no mercado, mas não chega às favelas por causa da burocracia e dos altos juros. 

“O banco faz parte de um pacote de serviços e benefícios. Proporcionar à favela esse processo de inclusão é fomentar o comércio local”, diz ele.

Só nas comunidades do grupo são 125 mil comércios que geram 15 mil empregos e um grande potencial de consumo. A carioca Rocinha, por exemplo, movimenta, sozinha, R$ 1,07 bilhão. Já as favelas paulistanas Heliópolis e Paraisópolis, R$ 577 milhões e R$ 578,6 milhões, respectivamente.

As primeiras operações de microcrédito estão previstas para começar até o final de fevereiro, quando serão liberados os primeiros 10 aportes para mentoria, divididos igualmente entre Heliópolis e Paraisópolis. Até o final do ano, a meta é selecionar 120 empreendedores.

*Com informações da Forbes.