Entidades do setor produtivo criticam novo aumento da taxa básica de juros

Para CNI e Federação das Indústrias do Rio, decisão prejudicará recuperação da economia brasileira


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Ana Paula Ramos 18/06/2022 22:30 Negócios

O setor produtivo despejou uma enxurrada de críticas ao novo aumento da taxa Selic (juros básicos da economia) para 13,25% ao ano, definido pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. Para entidades da indústria, a decisão é equivocada e prejudicará a recuperação da economia brasileira. 

Em nota, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) informou que a taxa Selic está num nível que inibe a atividade econômica. Para a entidade, os aumentos realizados neste ano se refletem em uma taxa real (juros menos a inflação) elevada, num momento em que a inflação começa a desacelerar.

“Este aumento adicional da taxa de juros no momento é desnecessário para o controle da inflação e trará custos adicionais à economia, como queda do consumo, da produção e do emprego”, afirmou o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.

Para a confederação, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) de maio mostrou que os preços dos bens industriais começaram a desacelerar e continuarão nesse movimento no segundo semestre, ainda refletindo os aumentos anteriores dos juros.

A CNI também destacou que os preços internacionais de bens agrícolas e da energia mostram estabilidade, após a incorporação do choque provocado pelo conflito na Ucrânia.

 

Medida duplamente indesejável

Também por nota, a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) considerou que a Selic não pode ser o único instrumento para contornar o quadro generalizado de aumento de preços que atinge a economia brasileira.

“A pandemia da Covid-19 e posteriormente a guerra na Ucrânia evidenciaram problemas estruturais no mundo todo. O setor produtivo brasileiro ainda convive com os efeitos da alta dos custos de produção e a população sofre com a deterioração da renda”, diz o documento.

A nota da entidade acrescenta que a continuidade do ciclo de alta da taxa de juros, ainda que em menor magnitude, é duplamente indesejável. “Primeiro, porque sacrifica ainda mais a atividade econômica, que já dá claros sinais de fraqueza. Segundo, porque adiciona um fator de alerta no âmbito fiscal ao elevar o custo do endividamento do setor público”, avaliou. 

A Firjan recomendou ainda a busca por outras medidas que possam levar à queda persistente da inflação e à retomada sustentável do crescimento.

“É preciso manter a responsabilidade fiscal e preservar o atendimento básico das necessidades da população. A federação reafirma que, diante de um cenário de elevada incerteza, é imprescindível uma política monetária mais moderada e que atenda aos desafios de crescimento econômico do país”, destacou. 

 

* Com informações da Agência Brasil

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