Embasa vai investir cerca de R$ 1 bi em 2021, a maior parte com recursos próprios, diz Rogério Cedraz

Presidente da Empresa Baiana de Águas e Saneamento – Embasa, Rogério Cedraz, disse ao Portal M!, que a empresa vai investir cerca de R$ 1 bilhão só em 2021, a maior parte disso de recursos próprios.

“A gente já tem feito uma série de novas licitações, tem um projeto já em andamento bastante robusto, exatamente para que a gente consiga garantir o cumprimento dessas metas do novo marco regulatório dentro dos prazos estipulados. Esses recursos especificamente dos R$500 milhões têm já um direcionamento, vão ser direcionados para uma série de obras de esgoto que a gente deve estar licitando ao longo do ano de 2021, e esses recursos devem ser utilizados ao longo do ano de 2022 até o ano de 2023”, explicou.

Apesar dos investimentos, a Embasa liderou o número de reclamações no Procon em 2020. Segundo o presidente, a empresa tem um programa bastante amplo para o estado muito grande em termos de atendimento já com vista na universalização.

“O que nós temos que pensar também é que a Embasa é uma empresa que atende a mais de 10 milhões de habitantes no estado da Bahia. A gente está presente em mais de 368 municípios e assim como a parte de energia, a gente está presente em praticamente todas as casas onde a gente tem atendimento, porque ninguém vive sem água. E a Embasa vem trabalhando a cada dia buscando a regularização dos seus processos, para garantir o abastecimento de água em termos tanto quantitativos quanto qualitativos, e excelência a toda a população da Bahia”, ressaltou.

Ainda, segundo Rogério, a empresa está evoluindo nessa melhoria de processos.

“A gente sabe ainda que temos alguma margem, uma boa margem de melhoria, e é exatamente nisso que a gente vem trabalhando para, gradativamente, a gente conseguir um atendimento pleno de toda a população. Então como a população às vezes não tem bem essa informação, muitas vezes uma parte dessas reclamações, quando a gente vai avaliar, é um problema mais de drenagem, é um problema, por exemplo, de alagamento de determinada região. A Embasa não atende esse tipo de serviço. Porque os sistemas de esgoto são completamente independentes. Mas sempre existe esse tipo de problema”, explicou.

Questionado sobre o processo de abertura de capital da Embasa e a PPP que vai atuar na região metropolitana de Feira, Rogério Cedraz disse ao Portal M! que a empresa tem evoluído o processo, que exige “uma série de alterações, mudanças e adaptações da própria companhia”.

“A Embasa teve uma consultoria ampla, nós fizemos um bom diagnóstico da empresa, e estamos agora preparando a empresa para deixá-la apta a uma possível abertura de capital. Mas a abertura de capital também depende do cenário macroeconômico do momento, depende do cenário do saneamento do momento, e depende também do apetite dos investidores naquele momento para que a gente possa ter realmente uma abertura de capital consistente, que traga todos os benefícios necessários para a concessão e para a concessionária”, explicou.

“Quanto à PPP de Feira de Santana, realmente ela vem se desenvolvendo, nós temos um projeto em andamento, são vários estudos que têm que ser feitos, não só a parte técnica, dos projetos, o que precisa, as obras que vão ser contempladas, como serão as operações, e também toda a parte econômica e financeira e toda a questão institucional a ser definida, jurídico institucional, para que a gente defina quais seriam os modelos mais aptos”.

“Essa PPP, por exemplo, tem como principal foco a ampliação dos esgotamentos sanitários da região, porque em termos de água a gente já vem atuando, então o foco maior é acelerar a parte de esgotamento sanitário, então a gente está concluindo ainda nesse primeiro semestre toda essa parte dos estudos de base e a gente pretende ainda no início do segundo semestre estar lançando já a licitação para toda a região. Vai haver algo em torno de 17 municípios e dar uma boa acelerada na questão de atendimentos”, finalizou.