Consórcio vai investir R$100 milhões em projetos do agronegócio na Bahia

Encabeçado pela Connepar – Empreendimentos Ambientais, Consultoria & Participação, um consórcio de empresas investirá inicialmente R$100 milhões em projetos do agronegócio baiano.

Diretor-presidente da Connepar, Alfredo Malafaia explica que produtores rurais interessados no projeto devem ter a posse de um área mínima de 100 hectares.

“Podem ser contemplados produtores do médio São Francisco interessados em implantar uma lavoura com foco na cultura de grãos e cana de açúcar e os produtores da região do semiárido, que plantem o sisal”, afirmou Malafaia.

Alfredo Malafaia, diretor-presidente da Connepar 

Feito o contato com a Connepar com o objetivo de participar do consórcio, a empresa fará uma análise do negócio do produtor antes de fechar o contrato. Após esta avaliação, “será lavrado um contrato que estabeleça e regule as ações, obrigações e direitos da partes”.

“Por exemplo, alguém escolhe a cultura da cana de açúcar irrigada. Nosso pessoal, então, levanta o custo disso. A parte contrária chega a uma aceitação disso, emitirá CPRs [Cédula de Produto Rural] com data de vencimento ajustada à colheita daquela cultura, e nós [consórcio] estaremos implantando esta cultura conforme contratado, dando-lhe um ano de assistência técnica”, explicou Alfredo.

O empresário acrescenta que, assim que vencerem as CPRs ao passo da colheita, o proprietário pode tomar a decisão de pagar ou resgatar as Cédulas em dinheiro ou em produto. 

“Sendo que, em produto, para evitar cometido de transgressão jurídica pois direito não permite escambo, essa produção dele [proprietário] será entregue a uma ‘trading’ que nós estaremos criando. Então dará a quitação desta CPR ao produtor rural”, concluiu.

Comunicado à SDE

As intenções da criação de um consórcio para o setor agrícola baiano foram manifestadas por uma carta enviada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico do estado (SDE). 

Assinado por Alfredo Malafaia, o comunicado também delimita o insteresse do consórcio na que sisal, mandacaru e agave azul nas cidades de Santaluz, São Domingos, Valente e Conceição do Coité.

Além da produção no setor primário, a carta à SDE manifesta o interesse em implantar um parque fabril no município de Feira de Santana.

A ideia é que a colheita nas plantações da região do Sisal virem produtos industriais como cremes, adoçantes, fibra de vidro e lâmpadas em LED.