Cerca de 40% das multinacionais planejam cortar empregos nos próximos 12 meses

Por conta da crise do novo coronavírus, quatro em cada dez presidentes executivos de multinacionais pretendem fechar vagas ao longo dos próximos 12 meses. É o que mostra um levantamento recente feito por um centro de pesquisa, em parceria com um fórum empresarial.

Ao todo, foram entrevistados cerca de 100 presidentes de empresas e cerca de 40% deles afirmaram que também devem cortar em mais de 10% investimentos planejados anteriormente.

Grandes empresas de setores diversos – como Coca-Coca, Boieng e American Airlines – estão entre as que já anunciaram cortes nas últimas semanas. Por um lado, a incerteza de trabalhadores em relação ao futuro da própria renda os leva a moderar gastos.

Elevação

Porém, houve setores que ganharam com as medidas de distanciamento social. Empresas de tecnologia tiveram bons resultados nos últimos meses. A Netflix, por exemplo, ganhou 26 milhões de novos assinantes no primeiro semestre.

Outro segmento que tem esboçado recuperação é a construção civil. Preparadas para passar mais tempo em casa, muitas famílias resolveram promover pequenas reformas para tornar a vida mais agradável.

Projeção

Porém, em meio a tantas incertezas, as projeções econômicas para o próximo ano são de taxas de crescimento inferiores às contrações estimadas para 2020. Conforme um relatório recente de uma consultoria britânica, apenas a Ásia terá uma expansão em 2021 maior do que a recessão deste ano.

Além disso, especialistas ressaltam que um dos riscos que esse cenário impõe é uma queda da produtividade, que comprometa o crescimento futuro. Já estudos têm revelado que as parcelas mais vulneráveis da população têm sido as mais prejudicadas com a perda de emprego, o que tende a agravar a iniquidade social.

*Com informações do jornal Folha de S.Paulo.