Bolsas pelo mundo registram queda após temor de nova onda de covid-19

Devido a segunda onda da Covid-19 na Europa e o anúncio da adoção de medidas restritivas a moradores feita pelos líderes da França e da Alemanha, na última quarta-feira (28), as bolsas de valores em todo mundo registraram quedas significativas, seja no Velho Mundo, nos Estados Unidos e até mesmo no Brasil.

O Ibovespa fechou com queda de 4,22%, aos 95.399 mil pontos. Em Frankfurt e Milão, os principais índices de ações caíram mais de 4%. A bolsa de Paris caiu 3,3% e em Londres a queda foi de 2,2%. Os investidores estão receosos em relação aos efeitos que uma segunda onda pode ter sobre a economia, que mal começava a retomar na Europa. E também existe o temor de se uma nova onda pode atingir outras regiões. 

No Brasil, logo cedo, o dólar já sentia os reflexos do mau humor mundial e chegou a bater perto de R$ 5,80 , fazendo com que o Banco Central tivesse que fazer um leilão de dólares para segurar a cotação. Mesmo com um leilão de mais de US$ 1 bilhão, a cotação da moeda americana fechou em alta de 1,3% comparado com o dia anterior, e fechou valendo R$ 5,75. É a maior cotação desde o dia 15 de maio.

Na B3, a bolsa brasileira, as empresas que têm maior sensibilidade a um novo avanço do coronavírus foram as que mais sofreram. As principais quedas se deram no setor de aviação, como Azul e Gol, que perderam quase 10% do valor, assim como as ações da CVC, do setor de turismo. 

Outras questões também influenciaram as bolsas, como as incertezas nas eleições americanas e o pacote de estímulos de Trump, que foi adiado, e também ajudou a derrubar as ações nos Estados Unidos. Além disso, os novos casos de Covid no país bateram recordes. A Nasdaq caiu quase 4% e o índice Dow Jones caiu 3,4%. A crise fiscal no Brasil também influenciou os investidores locais.

*Com informações da Veja.