“A livraria tem que ser um ponto de encontro; este é o modelo do futuro”, projeta Marcos da Veiga

Em vez de grandes lojas com um extenso acervo, as livrarias devem apostar na construção de espaços que promovam eventos culturais. 

Projetada pelo presidente do Sindicato Nacional de Editores de Livros, Marcos da Veiga Pereira, em meio ao contexto de fechamento de diversas lojas físicas, o conceito desta nova livraria partiria da premissa de que a finalidade do negócio é buscar ser um ponto de encontro de amantes da cultura.

“Essa ideia de que você tem que ter uma loja com um acervo imenso, isso não se sustentou.  Você não precisa ter um espaço todo pra ter um acervo tão grande. A livraria tem que ser um ponto de encontro. A loja tem que ter uma curadoria muito bem feita pra que o leitor encontre bons livros e, principalmente, novidades”, afirmou Marcos em entrevista ao jornal A Tarde e ao Portal M!. 

Ainda sobre o local intitulado por ele de a “livraria do futuro”, a relação com o consumidor deve ser mais próxima com o objetivo de conhecer seus gostos e preferência literárias, bem diferente das chamadas mega store.  Segundo ele, este modelo de negócio está falido.

“Isso é uma coisa que o varejo online, evidentemente, com todos os algoritmos, com toda a tecnologia, ele consegue fazer. Mas a ideia de você entrar numa livraria, como qualquer estabelecimento comercial, e ser reconhecido, isso cria uma relação de vínculo muito forte. E a livraria pode perfeitamente ser um espaço assim”, defendeu.