Polícia de Nova York entra na Universidade de Columbia e prende manifestantes pró-palestinos
Estudantes mantinham um acampamento para pedir o fim da guerra em Gaza e condenar atos de Israel
Agentes do Departamento de Polícia de Nova York entraram na Universidade de Columbia, onde estudantes mantinham um acampamento pró-palestinos. Os ônibus com dezenas de manifestantes detidos deixaram o campus na noite desta terça-feira (30). A maior parte do campus foi liberada, embora vários e manifestantes ainda cantassem do lado de fora de seus portões.
Os detidos foram colocados sentados com as mãos presas com zíper atrás das costas. “Palestina livre!”, grita um deles na última fileira. Minutos depois, outros carros policiais começaram a limpar a área.
“A única coisa que restou foram as barracas e seus pertences”, disse Carlos Nieves, comissário assistente de informações públicas do departamento de polícia no início da madrugada de quarta-feira (1º), acrescentando que o Hamilton Hall também foi esvaziado. “Não há mais ninguém no prédio”, disse ele.
Pouco antes de entrar no campus, a polícia recebeu a autorização da Universidade de Columbia para agir, disse uma autoridade à Associated Press. Os policias usaram um caminho de apoio para entrar pela janela no Hamilton Hall, prédio onde os manifestantes montaram uma barricada, após invadirem nas primeiras horas desta terça, elevando a tensão. Outro grupo de agentes, com equipamento de choque, vasculhava as tendas do acampamento, que já durava cerca de duas semanas.
O Departamento de Polícia de Nova York já havia entrado no campus de Columbia, em 18 de abril, quando prendeu cerca de 100 pessoas. Desde então, os protestos pró-palestinos se espalharam pelas universidades americanas e o número total de prisões passa de mil.
Momentos após a polícia ter entrado no campus da Columbia, a universidade disse em comunicado que não teve escolha depois que o Hamilton Hall foi “ocupado, vandalizado e bloqueado’. “Lamentamos que os manifestantes tenham optado por agravar a situação por meio de suas ações”, diz a nota.
Impasse e denúncias de antissemitismo
Após o impasse nas negociações com os líderes do movimento, a universidade deu até as 14 horas da segunda-feira para que os estudantes desocupassem o campus voluntariamente, mas o ultimato foi desafiado.
Os estudantes mantiveram o acampamento com cerca de 100 tendas. E invadiram o Hamilton Hall, levando móveis e barricadas de metal para o prédio, um dos vários que foram ocupados durante um protesto pelos direitos civis e contra a Guerra do Vietnã, em 1968.
A universidade disse, em seu comunicado, que a equipe de liderança, que incluía o Conselho de Curadores, se reuniu durante toda a noite e madrugada e consultou especialistas em segurança e autoridades policiais para determinar “o melhor plano para proteger nossos alunos e toda a comunidade de Columbia”.
“Tomamos a decisão, no início da manhã, de que se tratava de uma questão de aplicação da lei e que a polícia de Nova York estava mais bem posicionada para determinar e executar uma resposta apropriada”, disse a universidade.
A Universidade de Columbia solicitou ao Departamento de Polícia de Nova York, em uma carta na terça-feira, que esvaziasse o prédio ocupado por manifestantes e acampamentos pró-palestinos, e também que a polícia permanecesse no campus até pelo menos 17 de maio, após o início do curso.
O presidente Nemak Shafit solicitou a assistência da polícia de Nova York em uma carta divulgada depois que a polícia entrou no Hamilton Hall e prendeu os manifestantes nesta terça-feira. A cerimônia de formatura da Columbia está atualmente programada para 15 de maio.
Os protestos colocaram estudantes uns contra os outros. Em Columbia, os pró-palestinos exigem que a universidade condene a guerra em Gaza e rompa laços com universidades israelenses. Alguns estudantes judeus, do outro lado, apontam que há antissemitismo nas críticas a Israel e que não se sentem seguros
Policiais prenderam dezenas de manifestantes pró-palestinos no City College of New York, no Harlem, na noite de terça-feira, enquanto os confrontos sobre a guerra em Gaza continuavam a aumentar nos campi de todo o país.
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