“Vamos acreditar no poder do voto e imaginar que isso vai mudar”, diz Camila Rebouças sobre ataques do governo federal à Cultura

Apesar do Brasil ser tão rico culturalmente, o país está atrás em cenário mundial, quando o assunto são eventos de entretenimento. A avaliação foi feita pela produtora Camila Rebouças, que também possui experiência no setor cultural nos Estados Unidos. 

“Nos EUA é um outro perfil, eles têm políticas que incentivam o setor, têm mais segurança, as possibilidades de investimentos são outras. Infelizmente, as diferenças [do Brasil para os Estados Unidos na área da cultura] são muitas”, afirma em entrevista para o programa Nova Manhã, da rádio Nova Brasil FM Salvador (104,7 FM), comandado pelo editor-chefe do Portal M!, Osvaldo Lyra. 

Outro ingrediente que tem ajudado a piorar os problemas enfrentados por quem vive da cultura é o negativismo e ações do governo federal, que colocam o setor como investimento não necessário, além de fazer ataques a leis importantes, como a Rouanet. 

“Infelizmente a gente está há alguns passos atrás. O Brasileiro é muito criativo, persistente, a gente gosta de empreender. Às vezes parece que estamos remando contra a maré aqui. É tenebroso. Investir em cultura virou algo supérfluo, mas a gente sabe que não é. Nosso país tem grandes prioridades e temos problemas gravíssimos, mas não podemos negligenciar o entretenimento, ainda mais em um país que é tão rico culturalmente”, pontua. 

A esperança para dias melhores, segundo a produtora, se intensifica com a possibilidade de mudar o cenário por meio do voto nas eleições. “A gente precisa mais do que nunca de incentivos, temos um governo que ao invés de apoiar, faz chacota, mas temos eleições. Vamos acreditar no poder do voto e imaginar que isso vai mudar”. 

Confira a entrevista: