Tom Cardoso lança biografia de Nara leão em live com participação de Roberto Menescal
Lançamento virtual do livro “Ninguém pode com Nara Leão”, nesta quarta (10), também terá participação de Rafael Cortez
Hoje, a partir das 19h, acontece o lançamento virtual da obra “Ninguém pode com Nara Leão”, biografia escrita por Tom Cardoso sobre a trajetória da cantora. Durante a transmissão, que rola no instagram @tom_cardoso_10, o autor bate um papo com os músicos Roberto Menescal e Rafael Cortez. A live também será transmitida pelos perfis @robertomenescaloficial e @rafaelcortez.
Nara Leão certamente foi uma das artistas mais importantes e influentes da cultura brasileira, não só pela sua obra, mas pelo que representou para a mulher e a sociedade como um todo.
Filha caçula de dr. Jairo e dona Tinoca e irmã da modelo e famosa personagem da cena carioca Danuza, a jovem tímida, quieta e cheia de neuroses ficou marcada na história como uma das mais produtivas intérpretes da MPB dos agitados anos 1960 aos 1980, além de ser responsável por definir os costumes e a expressão política da época. “Foi símbolo da reação à ditadura de 1964, sem nunca pretender ser coisa alguma”, escreveu Paulo Francis após a morte da cantora.
Em “Ninguém pode com Nara Leão”, que chega às lojas pela Editora Planeta, Tom Cardoso reconstrói a vida da artista que participou ativamente dos mais importantes movimentos musicais surgidos a partir da década de 1960, que, tratada como ‘café com leite’ pela patota que se reunia no apartamento da família em Copacabana, deixou a bossa nova para se juntar à turma politizada do CPC e do Cinema Novo e foi a primeira estrela da MPB a falar abertamente contra a ditadura militar.
Na biografia, que traz prefácio de Tárik de Souza, um dos mais respeitados críticos da MPB, Tom apresenta passagens da infância de Nara, marcadas pela angústia e reclusão, detalhes da inimizade com Elis Regina, dos famosos encontros no apartamento da Av. Atlântica, onde a bossa nova ganhou corpo, cara e nome;
Também sãoo abordados o relacionamento com Ronaldo Bôscoli, da amizade com figuras como Vinicius de Moraes, Roberto Menescal e Ferreira Gullar, por quem nutria admiração mutua e teve um affair. No livro, Tom relata que Nara inclusive chegou a sugerir que ele largasse a mulher e os filhos e viajasse com ela pelo Brasil.
À frente de seu tempo, Nara foi uma das primeiras adolescentes do Rio a fazer análise, por necessidade e curiosidade, e a obra “Opinião de Nara”, lançada sete meses após o Golpe de 1964, foi o primeiro trabalho de uma estrela da MPB a colocar o dedo no nariz da ditadura.
Além disso, Nara foi a primeira do segmento a atacar diretamente o regime ao afirmar em entrevista ao Diário de Notícias que “o Exército não servia para nada” e que “podiam entender de canhão e metralhadora, mas não pescavam nada de política”.
O livro ainda acompanha o relacionamento de Nara com o cineasta Cacá Diegues, na época em que se aproximou do CPC e dos expoentes do Cinema Novo. Ele foi o responsável por apresentar a ela um outro mundo musical, fazendo-a se impressionar com artistas como Carmen Miranda, Ary Barroso e Luiz Gonzaga.
Ela e Cacá se casaram em cerimônia íntima e recebendo convidados como Danuza e Samuel Wainer, Chico Buarque e Marieta Severo, Tom Jobim, Vinicius de Moraes, Aloysio de Oliveira e Flávio Rangel. Foi também com o cineasta que Nara se exilou na França e teve dois filhos, Isabel e Francisco.
Nara morreu por conta de um tumor no cérebro na manhã de quarta-feira do dia 7 de junho de 1989, aos 47 anos, e deixou um legado que extrapolou o cenário musical na época em que viveu.
“Amo Nara Leão. Nara e Narinha. Essa mulher sabe tudo do Brasil 1964. Essa mulher é a primeira mulher brasileira. Essa mulher não tem tempo a perder. Atenção: ninguém pode com Nara Leão”, escreveu Glauber Rocha em uma carta enviada a Cacá Diegues no período do exílio.
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