Tapetes Contadores de Histórias fazem apresentações especiais no Dia das Crianças

O grupo Tapetes Contadores de Histórias e sua peculiar arte de contar histórias será atração de destaque no Dia das Crianças, nesta quarta-feira (12), em Salvador. Com temporada iniciada na CAIXA Cultural Salvador no último sábado, dia 8, o grupo faz três sessões de contações de histórias no dia dedicado à criançada, às 9h, às 11h e às 15h.

As apresentações acontecem sempre aos fins de semana e vão até o dia 30 de outubro. As sessões do dia 12 foram abertas em caráter comemorativo, para funcionar como uma programação especial para os pequeninos. Os interessados devem fazer agendamento prévio pelo site www.caixacultural.com.br. http://gentearteirasa.com.br. Será exigido comprovante vacinal.

A programação é voltada para toda a família, sobretudo o público infanto-juvenil. Nas apresentações, o grupo apresenta uma mostra de todo o seu repertório de histórias, materializado em um acervo de 120 obras têxteis como tapetes, maquetes, paineis, malas, aventais, ilustrações de livros, bordados, livros e bonecos de pano que servem de cenários para narrativas tradicionais do mundo inteiro, além de contos de renomados autores nacionais como Ana Maria Machado, Carlos Drummond de Andrade, Graciliano Ramos, Ricardo Azevedo, dentre outros.
 
“Um dos contos que estamos apresentando é Nuá, uma lenda tremembé, povo indígena originário que se situa no litoral do Ceará. É um mito diluviano que conta como esses brasileiros originários se safaram de uma grande chuva lá no início do mundo. Para essa contação, utilizo luz por trás de pranchas com bordados furados que vão formando imagens de seres vivos diversos, como a onça, a águia, a anta, a carnaúba e o próprio pajé do povo Tremembé, que se chama Nuá”, adianta Warley Goulart, diretor do grupo e também o responsável por muitas das costuras.

Esta é a nona vez que o projeto Tapetes Contadores de Histórias traz suas atividades para Salvador, sempre na CAIXA Cultural. A última edição foi entre 2019 e 2020, quando o grupo realizou a exposição Peraltagens, ocupando todo o primeiro andar do espaço por dois meses (novembro a janeiro), com a mostra de suas obras têxteis e sessões de contação de histórias para a criançada. “Foi um sucesso absurdo, e nós estamos muito felizes por poder voltar, porque a gente ama muito as crianças de Salvador, é demais o chamego que essa cidade comporta e traduz”, comemora Goulart.