Sarajane fala sobre retorno aos palcos e show gratuito de forró para homenagear o Dia das Mães

A cantora Sarajane, 54 anos,  vai realizar um show  para homenagear as mães soteropolitanas e turistas. O evento, marcado para o dia 8 de maio, será realizado no Largo Pedro Arcanjo, Pelourinho, às 14h, e contará com um repertório repleto de forró. A entrada é gratuita.

Em entrevista para o programa Nova Manhã, da rádio Nova Brasil FM (104,7 FM), comandado pelo editor-chefe do Portal M!, Osvaldo Lyra, a cantora que começou a carreira musical aos 14 anos, revela os preparativos para o evento.

“Já faço esse forró tradicional desde o meu primeiro disco. Canto os clássicos do forró, mas também as músicas novas. Vai ser um show muito legal. Vou receber Seu Maxixe, A Patroa, que é uma cantora maravilhosa, Zé de Tonha e a abertura vai ser com Tudo Vira Xote”, afirma.

O evento também terá um braço social. Apesar da entrada  gratuita, o público é convidado a levar 1kg de alimento não perecível, que será doado ao projeto Amor e Caridade, do CUMOA, um centro localizado em Piatã, que faz um trabalho social para 400 famílias.

Retorno aos palcos

Uma das precursoras do Axé Music, a cantora Sarajane, fez enorme sucesso no final dos anos 1980 com a música “A roda” e segue divulgando a cultura nordestina pelo seu trabalho musical. Após quase dois anos sem poder fazer shows, devido à pandemia de Covid-19, ela expressa como está sendo o retorno aos palcos.

“Muito difícil. Alguns poucos estão trabalhando e tendo uma agenda bastante concorrida. Outros, ainda parados, muitos músicos sem instrumento, porque venderam para pagar conta de luz e comida. Muitos estão sem trabalhar por não terem esses instrumentos”, aponta.

Idade

Com 54 anos, Sarajane expressa muita força e alegria para seguir trabalhando, mas aponta os preconceitos sofridos pela idade.

“Já sou uma mulher madura, 54 anos no couro e não é fácil. Ser mulher já é muito difícil no mercado e na minha idade mais difícil ainda, porque infelizmente as pessoas veem um profissional da música com data de validade. A arte não tem data de validade, como sempre digo. A gente vai amadurecendo encontrando novas perspectivas”, analisa.

Perguntada sobre o que ela faria de diferente na carreira, a cantora responde que queria ter começado “mais tarde”.

“Eu gostaria de ter começado mais para os anos 1990, 2000, porque a responsabilidade foi muito grande. Queria ter começado com mais experiência de vida”.

Confira a entrevista: