Pola Ribeiro afirma que principal legado da gestão é tornar o MAM vivo 

Um marco na Cultura brasileira, a Semana de Arte Moderna de 1922 acaba de completar 100 anos e um dos instrumentos importantes para o fortalecimento da Cultura é o Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA). De acordo com o diretor do espaço, Pola Ribeiro, o principal legado que a gestão deixará, quando sair em dezembro deste ano, será um MAM vivo.

“[A nova gestão encontrará] um MAM vivo, funcionando, que dialogue com as comunidades. Que tenha essa competência de fazer que as pessoas que venham à praia venham [também] para a exposição e cinema. Fazer entrosamento com diversos públicos que frequentam aqui”, afirma. 

Segundo o diretor do espaço expositivo, apesar do MAM estar dentro da província da Bahia, o museu é fruto de um pensamento nacional, ou seja, uma plataforma para fora da cidade que possui uma força de grande importância para a cultura. 

“Ele vem com uma força de Assis Chateaubriand, do MASP junto. Esse DNA que Lina [Bo Bardi] traz é internacional. As coisas que acontecem no MAM não ficam no MAM.  Ele é uma plataforma muito para fora da cidade”, pontua. 

Ainda falando sobre a importância do museu, Pola diz que o MAM é um espaço que tem a ensinar para a cidade na recuperação da sua alma. “Esse debruçar sobre a Baía de Todos-os-Santos, essa afirmação de que nós somos Recôncavo. Cada vez que Salvador se afasta do Recôncavo perde a alma.  O MAM é esse espaço de diálogo entre a Cidade Alta e Baixa, está colocado em um espaço de diálogo”, disse. 

“Durante a pandemia, os museus estavam entre as coisas mais importantes dentro da Cultura que as pessoas queriam acessar. A Cultura também entrou entre os principais assuntos. Em um momento desse, de carência e desemprego, as pessoas querem ouvir do governo falar de Cultura. Acho que tem uma ação muito ruim, institucional e política, mas tem uma ação que as pessoas estão percebendo que a Cultura é aliada da vida das pessoas”, finaliza.