“O Axé Music passou e o que fica é a música da Bahia”, diz Manno Góes sobre a sazonalidade do ritmo

O Carnaval de Salvador foi um dos temas do bate-papo realizado na noite da última terça-feira (25), entre o cantor Manno Góes e o editor-chefe do Portal M!, o jornalista Osvaldo Lyra.  De acordo com o artista, a festa seria melhor se não tivesse cordas nos trios.

“Seria ótimo, mas como dividir isso? É muito complicado, acho que os blocos é uma característica do Carnaval de Salvador. Os tempos mudaram, eu acho que se a gente deveria tentar transformar o Carnaval no sentido estético, fazer desfiles Afros com desfiles da festa da Bahia, tem muitas coisas que podem ser pensadas para o Carnaval. É complexo, a festa se transforma, é dinâmico, o mundo perfeito seria o que os patrocinadores patrocinassem os trios elétricos e todos curtissem sem cordas, mas infelizmente não é assim”, afirma.

De acordo com ele, a decisão de adiar os festejos foi a melhor, já que em cenário de pandemia é impossível promover aglomerações.

“Certamente só com uma vacina. É impossível pensar no carnaval sem contato físico. Não há menor possibilidade de ocorrer, acho que foi bem pensado o adiamento, mas de uma forma que não impacte o São João do ano que vem, para que não prejudique os artistas juninos que foram muito impactados neste ano”.

Axé Music

O cantor também analisou o Axé Music na Bahia. Para ele, o movimento passou a ser de música sazonal que toca apenas no Carnaval.

“O Axé Music passou e o que fica é a música da Bahia que hoje tem artistas muito bons, que vem chegando com elemento pop. Cada um com suas características”, finaliza.