“Não será de comemoração, mas de protesto e respeito às vítimas da pandemia”, diz presidente do Olodum sobre live desta terça 

Quatro dias após o Olodum silenciar os tambores em ato de protesto realizado na última sexta-feira (12), na Ladeira do Pelourinho, no Centro Histórico de Salvador, o bloco promete mais uma ação de solidariedade às vítimas da pandemia de Covid-19 nesta terça-feira (16).

Embora a mensagem seja a mesma, esta ação será em alto e bom som: o bloco fará uma live que terá participação de símbolos da cultura afro da música baiana, como a cantora Margareth Menezes e o bloco Ilê Ayê.

“Este é o ano do não Carnaval, por isso iremos fazer uma live para que as pessoas possam acompanhar com segurança a história do Carnaval do Olodum, um bloco afro surgido no Pelourinho, que canta  samba reggae”, disse Jorge, prometendo também resgatar diversos sucessos da banda.  

Assim como em cada desfile de Carnaval do Olodum – como o de 2020, que marcou João Jorge por homenagear as mulheres -, a live desta terça buscará conscientizar a população e o poder público para a situação de quem trabalha na área de cultura. 

“A pandemia vem afetando os trabalhadores da indústria de entretenimento, então é preciso fazer algo. O Olodum também é protesto e conscientização cultural”, afirmou João.

A suspensão do Carnaval de Salvador este ano trará grande impacto à economia da capital baiana. De acordo com a Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), R$ 1,7 bilhão em gastos dos foliões deixarão de circular na cidade. 

Ainda segundo a SEI, em torno de 60 mil profissionais ficarão sem opção de trabalho neste mês de fevereiro. A ausência da festa vai evitar também que 1,2 milhão de pessoas circulem pelos circuitos da folia.

Acesse aqui para conferir a live do Olodum, a partir das 19h.