Marcos Lopes estreia “Fantasia de Guerra” no Teatro Martim Gonçalves

O ator soteropolitano Marcos Lopes, aluno do curso de Interpretação Teatral na Escola de Teatro da UFBA, estreia em janeiro o espetáculo de pré-formatura, intitulado “Fantasia de Guerra”. Com texto inédito de Gil Vicente Tavares, também diretor do espetáculo e professor orientador da disciplina, a peça fica em cartaz no Teatro Martim Gonçalves de 6 a 29 de janeiro de 2023, sexta e sábado às 20 horas e domingo às 19h.

O espetáculo narra o encontro de dois homens, um Soldado e um Fugitivo, que se encontram em meio à guerra e passam a conviver juntos para sobreviver. Estes, serão interpretados por Marcos Lopes e Marcelo Praddo, ator convidado para dividir o palco com Marcos. Os ingressos custam R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia) e estão à venda na plataforma Sympla;

Marcos Lopes já é conhecido do público soteropolitano, com atuação nas áreas de Teatro, Circo, Música e Produção Cultural. Integrante do Coletivo Duo Teatro e da Trupe Musiclauns, foi indicado ao Prêmio Braskem de Teatro nas categorias Ator e Espetáculo Infanto Juvenil com seu espetáculo solo “O barão nas árvores”. Integrou o elenco das peças “Redenção” e “As Tentações de Padre Cícero”, essa última sob a direção de Gil Vicente Tavares. Em “Fantasia de Guerra”, o ator se volta a uma cena mais intimista, proposta pela dramaturgia do autor, centrada na interpretação e na relação do ator com o texto.

Neste trabalho, Lopes passeia por um novo caminho interpretativo e exercita a sua diversidade de atuação. Feliz e com as melhores expectativas para a conclusão desse ciclo, ele espera que este trabalho “seja uma grande celebração, mas que também seja um espetáculo que de alguma forma impacte as pessoas pela sua temática, pelo que traz de reflexão, pelo momento que o país vive de total destruição, que é um pouco do que a peça fala, a saída desse processo de destruição para um processo de renascimento, tanto na peça quanto no país”.

Em “Fantasia de Guerra”, Gil Vicente Tavares, autor do texto, retorna ao trabalho com o teatro de câmara, com um olhar mais maduro e experiente. O texto surgiu de uma provocação dos atores Lopes e Praddo, conta Gil. Uma vez provocado, buscou inspiração nas suas inquietações frente aos problemas recentes do Brasil e do mundo, de polarização, intolerância, guerra, violência, rompimentos.

“O Brasil e o mundo estão sendo postos à prova em suas políticas, tolerâncias e desigualdades, e comecei então a pensar num texto onde eu pudesse dialogar com todas essas ideias, abrindo a obra às perguntas que venho me fazendo, frente às tragédias do nosso tempo. Meu último espetáculo, As tentações de Padre Cícero, que escrevi e dirigi, também, tinha uma abordagem épica, popular, com canções, danças, tradições populares, e, como sempre em  minha carreira, foi natural que eu caminhasse para o extremo oposto disso, num texto mais dramático, econômico, focado nos dois atores e numa cena sem muitas influências espetaculares”.

A questão “Será que todo homem tem que deixar um legado?”, permeia o diálogo das personagens, onde visões de mundo, da guerra e da vida são postas à prova, durante os dias de convivência entre o Soldado e o Fugitivo.

O ator Marcelo Praddo, especialmente convidado para participar desse momento importante na trajetória de Lopes, com quem já dividiu a cena em “As Tentações de Padre Cícero”, interpreta o Fugitivo.

Com longa carreira dedicada ao teatro, Praddo foi indicado ao Prêmio Braskem por quatro vezes e recebeu a estatueta pelos espetáculos “Boca de Ouro” (direção de Fernando Guerreiro), “Os Pássaros de Copacabana” e “Um Vânia, de Tchekhov” (ambos dirigidos por Gil Vicente).

Entre os espetáculos que Praddo dirigiu, destacam-se “O Corrupto”, “Aos 50 – Quem me Aguenta?” e “Simplesmente Elas”.  Sobre o espetáculo, ele afirma:

“Fantasia de Guerra não pode encontrar momento melhor do que o que vivemos em nosso país, de guerra constante contra o outro, o que é diferente de nós. Traz, também, essa nossa necessidade de afirmação que esbarra num mundo em constante transformação, nos colocando de frente a nossa finitude, enquanto a natureza segue seu curso”.

A peça é uma realização da Escola de Teatro da UFBA com parceria do Teatro NU e apoio do estúdio Arroyo, sob a direção de produção de Letícia Aranha. O Arroyo colaborou com a equipe na criação da identidade visual e gestão de redes sociais.

SERVIÇO:
Espetáculo Fantasia de Guerra
Pré-formatura em interpretação de Marcos Lopes
Texto e Direção: Gil Vicente Tavares
Local: Teatro Martim Gonçalves – Escola de Teatro da UFBA
Data: de 06 a 29 de janeiro de 2023 – sexta e sábado

Horário: 20 horas (sexta e sábado) / 19 horas (domingo)
Ingressos: R$ 20,00 (inteira) / R$10,00 (meia)
Realização: Escola de Teatro da UFBA
Parceria: Teatro NU
Direção de Produção: Letícia Aranha