Marcia Short comemora título de Doutora Honoris Causa na Bahia: “Muito feliz e lisonjeada”
O cenário provocado pela doença abalou o processo criativo da artista. Com isso, ela teve que abrir mão de projetos que já estavam em planejamento há anos
A cantora baiana Márcia Short, ganhou nesta semanao título de Doutora Honoris Causa da Ordem de Capelães do Brasil e da Faculdade Febraica, em cerimônia realizada no Museu de Arte da Bahia, em Salvador. Em entrevista para o programa Nova Manhã, da rádio Nova Brasil FM (104,7 FM), comandado pelo editor-chefe do Portal M!, Osvaldo Lyra, a artista falou sobre a realização.
“Eu fiquei muito feliz, porque a gente a passa muito tempo em busca de reconhecimento, o que fortalece nossa caminhada, nos impulsiona para a frente. No meio de tanta gente bacana, fiquei muito feliz e lisonjeada. Estou degustando ainda”, afirma.
Há mais de 35 anos vive de música, segue conquistando os corações de quem escuta as canções interpretadas pela artista. Ela reconhece que o período da pandemia da Covid-19 foi de muita dificuldade e conta como o cenário de barreiras para o setor cultural foi um combustível para a reinvenção.
“A gente tem realmente se reinventar, tirar alegria da dor e arranjar maneiras de sobreviver”, declara.
Neste momento tão difícil, Márcia encontrou nas memórias da infância – de quando sua avó paterna, a dona Maura, se reunia em família para desenvolver uma receita valiosa – e fez dela, uma oportunidade para distrair a mente e transformar o creme de tutano em um cosmético poderoso.
“Durante a pandemia eu comecei a produzir um produto que já circulava na minha família há muitos anos. Minha avó paterna produzia creme de tutano de boi para os cabelos e durante a pandemia eu acabei montando uma pequena produção artesanal e foi uma coisa que distraiu muito minha cabeça. Comecei a mexer com uma outra área que não tinha nada a ver com música e foi muito prazerosa. Tive contato com muitas mulheres, com histórias muito loucas de saúde capilar, um universo totalmente novo que agora estou aos poucos me aprofundando, tentando ampliar a produção de tutano para outras vertentes”, explica a artista.
Viver de arte no Brasil
Para a artista, o cenário provocado pela doença abalou seu processo criativo. Com isso, ela teve que abrir mão de projetos que já estavam em planejamento há anos. “Viver de arte no Brasil é muito difícil. As oportunidades são raras e no momento que tudo para é muito difícil. Meu processo criativo ficou muito abalado, porque eu tive que lançar mão de projetos que eu vinha há muitos anos tentando realizar e a pandemia adiou para não sei quando”, disse.
Agora com processo de retomada dos shows, que ocorre de forma gradual, Márcia não esconde a grande expectativa do retorno aos palcos.
“É um outro momento delicioso, porque apesar do perigo ainda estar circulando, ainda não acabou a pandemia, mas a gente já conhece alguns protocolos, a vacina está ai fazendo seu papel. A gente precisa que nossa vida siga, então eu estou muito contente porque eu vivo apenas de música, da minha arte e ficar dois anos longe dos palcos é um dano imenso, tanto na nossa alma, quanto na nossa vida material, financeira. Nada fica bom quando a gente está longe do nosso trabalho, da nossa alegria”, comemora.
Para ela, a situação dos músicos baianos pode mudar de forma positiva, com a criação de mais oportunidade e políticas públicas nas quais os artistas possam “ter acesso as coisas”.
“A Bahia é um estado rico de talentos e são poucos os que se destacam e vivem inteiramente de sua arte”.
Assista a entrevista:
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