Fred Boat fala das dificuldades de promoção de eventos na Bahia e cobra diálogo com gestão do Estado

Diante a proliferação da variante ômicron na Bahia e decretos que limitam a quantidade de públicos nos eventos, o setor do entretenimento segue em quase dois anos respirando por aparelhos. As proibições por parte do governo ocorrem sem oferecer qualquer tipo de auxílio e alternativas aos trabalhadores do setor, que hoje passam por dificuldades. Segundo o empresário Fred Boat, que está a frente da Agogô Marketing, os empresários do ramo deveriam participar das discussões antes das elaborações das determinações da gestão do Estado.   

“Nós temos um ecossistema que vive disso… Nós empresários nos viramos. Mas o problema não somos nós, a gente se vira. O problema é a base, é quem está na ponta, que não tem o que fazer. O problema é essa grande massa que nós ajudamos a criar, essa moçada vai fazer o que da vida? Quem vai pagar a conta, quando todo mundo diz não aos eventos?”, afirma Fred em entrevista ao programa Nova Manhã, da rádio Nova Brasil FM (104,7 FM), comandado pelo editor-chefe do Portal M!, o jornalista Osvaldo Lyra. 

Em outros estados do Brasil, o acompanhamento e discussão desses problemas são feitos no âmbito de comitês, que tem o intuito de discutir a fase atual e o futuro do entretenimento. No entanto, na Bahia, o governador Rui Costa (PT) tem mais de um ano e meio com uma solicitação e demandas para poder sentar com o setor, mas até o momento o petista não abriu a pauta, o que é uma das principais críticas dos empresários, que já demonstraram seguir os protocolos sanitários para barrar o contágio do coronavírus. 

“A gente gostaria de ter participado dessa discussão há cinco meses com os organismos de controle, Secretaria de Saúde, Saltur”, diz Fred ao ressaltar que o setor é a favor das medidas que evitem o contágio da doença, mas que é necessário se pensar em alternativas para os trabalhadores da área. “Tem alguém pensando o que vai fazer com essa massa de gente?”, completa. 

Ele também se posicionou a respeito da folia momesca. “Nós nunca levantamentos a bandeira de ‘nós queremos o Carnaval a todo custo’. Nós gostaríamos de um Carnaval possível, que desse para acontecer, não o que sempre aconteceu, mas um que fosse viável”.

Assista a entrevista na íntegra: