Fernando Guerreiro diz que veto de Bolsonaro à Lei Aldir Blanc é uma oposição ao setor cultural
O diretor teatral e presidente da Fundação Gregório de Mattos foi a personalidade entrevistada pelo editor-chefe do Portal M!, Osvaldo Lyra, na Rádio Nova Brasil FM
O diretor teatral e presidente da Fundação Gregório de Mattos, Fernando Guerreiro classifica a ação do presidente Jair Bolsonaro (PL) de vetar integralmente a nova Lei Aldir Blanc, como uma atitude isolada do mandatário, que segundo ele, tem tido uma forte oposição com o setor cultural.
Em entrevista para o programa Nova Manhã, da rádio Nova Brasil FM (104,7 FM), comandado pelo editor-chefe do Portal M!, Osvaldo Lyra, Guerreiro diz estar na torcida para que o veto da lei que ajudará a classe artística se recompor e trabalhar, seja derrubado sem nenhuma relação de embate.
“A cultura principalmente pós pandemia precisa desse dinheiro mais do que nunca. É uma atitude provocativa, esse dinheiro é da cultura. Se construiu durante a campanha que artista é vagabundo, uma leitura completamente equivocada. Uma das classes que mais trabalha é a classe artística, responsável pelas pessoas não terem enlouquecido de vez na pandemia”, afirma.
Bolsonaro vetou, integralmente, a nova Lei Aldir Blanc, que previa o repasse anual de R$ 3 bilhões para o setor cultural até 2027. A justificativa dada pelo chefe do Executivo foi de que a lei é “inconstitucional e contraria o interesse público”. Essa lei tinha sido aprovada pelo Senado em 23 de março. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) de quinta-feira (5).
Na primeira versão da lei que leva o nome do músico Aldir Blanc, que morreu em 2020 vítima de Covid-19, destinou R$ 3 bilhões emergenciais a iniciativas culturais, que buscava auxiliar a classe artística e cultural durante a pandemia. Segundo o presidente da Fundação Gregório de Mattos, graças a esse recurso, Salvador conseguiu trabalhar com mais de mil “projetos fantásticos”.
A segunda versão da lei buscava manter o apoio da União a projetos culturais durante cinco anos, com investimento de mais de R$ 3 bilhões para manter a força e efervescência do setor. Fernando diz que o corte desses recursos é um baque grande para a classe artística.
“A política de cultura do governo federal, como a política de educação tem sido catastrófica. A gente tinha uma política ligada diretamente a Ancine, o audiovisual disparou. Tudo isso foi abandonado, largado de mão no momento de expansão e crescimento. Estou torcendo para que a gente consiga derrubar esse veto sem nenhuma relação de embate. Essa é uma lei que vai ajudar a classe se recompor e trabalhar”, pontua.
Lei Rouanet
O governo Bolsonaro tem feito também ataques constantes a Lei Rouanet, que possui grande importância, além de ser um direto conquistado pela classe artística que mantém um fortalecimento do setor. Para Guerreiro, essas atitudes são um desserviço para a classe cultural.
“É um desserviço a classe cultural. A gente está falando aqui de uma tentativa gradual de destruir a imagem da classe artística cultural […] tem uma coisa que acho que é a pior, não houve nenhuma tentativa de conciliação, conversa, acordo. Já se começou na guerra, no ataque o tempo todo […] Acho que o que mais me dói é a gente não ter tido nenhuma chance de diálogo […] Hoje quem está segurando a classe artística é o público, que começa a lotar todos os shows e espetáculos, os patrocinadores e sem dúvida o governo municipal e estadual.”
Confira a entrevista:
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