Evandro Mesquita fala sobre a influência das redes sociais no consumo musical

Na era do crescimento da rede social TikTok, na qual os internautas faz dublagens musicais em videos curtos, muitos questionamentos vêm sendo dirigidos sobre o consumo musical e a dificuldade de ofertar uma determinada composição para o mercado.

Em entrevista ao editor-chefe do Portal M!, Osvaldo Lyra, no programa Nova Manhã da rádio Nova Brasil FM, desta quarta-feira (21), o vocalista da banda Blitz, Evandro Mesquita, deu sua versão sobre o assunto e afimou que atualmente direcionar um objetivo para o público se torna mais difícil.

“O Brasil sempre foi esse gigante de vários ritmos diferentes em cada lugar e o público também muito diverso. Agora mais que nunca, é difícil direcionar hoje para um público objetivo, gravar hoje em dia é muito mais fácil, grava em qualquer computador, em qualquer quartinho, mas é difícil você chegar nessas pessoas. Continuo produzido e vejo coisas muito boas, pessoas tendo voz agora quando não tinha em uma determinada época, se expressando com a arte e cabe o público fazer seu filtro, e gostar daquilo que vai bater no seu coração.”

Evandro Mesquita também abordou sobre a maneira de como o artista acaba se tornando um meio de democratização. “Em tempos que estamos vivendo, temos esse perigo e fascínio de você falar muito com diversas pessoas, mas cabe ao caráter e sensibilidade de cada um de se colocar. A gente dá essa sensação de que se pode falar e xingar tudo, que você está meio invisível, mas tem a sua voz ali. É perigoso, mas sabendo filtrar acho que é uma ferramenta muito interessante dessa troca e cada um segue quem quiser”, disse o cantor ao retratar da forma como a música vem sendo usada como ponto de protesto.

“Acho que a cultura vem sendo marginalizada, acho triste e não combina com o Brasil e nem com o espírito do brasileiro, que é de festejar. Espero que isso volte e que a gente possa redescobrir o país com a nossa alegria, a nossa arma sendo o amor e a solidariedade”, comentou.

Confira a entrevista na íntegra: