“Dá para viver de arte, o que não dá é fazer experiências malucas com a política pública”, diz Aninha Franco

Em entrevista ao programa Nova Manhã, da rádio Nova Brasil FM, comandado pelo editor-chefe do Portal M!, o jornalista Osvaldo Lyra, a escritora e dramaturga Aninha Franco fez um análise do desmonte que tem acontecido na área da cultura por parte do governo federal. De acordo com ela, isso ocorreu porque a cultura estava completamente fracionada no Brasil.

“Bolsonaro na verdade, é a evolução de coisas horríveis que aconteceram na cultura e que acontecem há muito tempo. Se Bolsonaro tivesse encontrado uma cultura sólida, ele não teria derrubado tudo como derrubou. A cultura estava completamente fracionada”, afirma.

Aninha, que tem um trabalho de valorização e do fortalecimento da cultura do estado, ressalta que durante a pandemia da Covid-19, diversos artistas fizeram mobilizações para ajudar outros profissionais da área que se encontra em “situação terrível”. Ela atribui a piora dos problemas a má gestão das políticas públicas.

“Dá para viver de arte. Isso está claro nos anos 1990, o que não dá é fazer experiências malucas e idiotas com a política pública. Política pública é uma coisa muita séria porque envolve a sociedade”, pontua. “Essa história de Lulista, Bolsonarista, artista é o único “ista” que importa. É esse que deve ser preservado, o criador e a criação”, completa.

Já referente as eleições de 2022, a escritora chama atenção para que sejam escolhidos políticos que pensem também na cultura.  

“Vamos votar bem. Nós precisamos de políticos que pensem em cultura, isso eu não consigo enxergar mais. Cadê eles? […] O que nós precisamos é ter uma política pública e ter uma caminho coletivo das coisas. Sem isso vai ficar cada dia mais difícil”.

Assista a entrevista na íntegra: